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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sob o Signo do Sol

Aproveitemos este período de descanso e o tempo livre que o Verão nos proporciona, para reflectirmos (talvez mesmo meditarmos) sobre a grande luminária de Fogo, fonte de luz e Iluminação: o Sol.

O sentido purificador do Sol, na nossa tradição, e na nossa cultura (árabe-cristã), é de tal forma poderoso que ao longo dos séculos, várias gerações de homens e mulheres de todos os círculos sociais, religiosos e antropológicos, criaram ritos e rituais de celebração Ígnia.  
Na Maçonaria, e na tradição árabe-cristã, procura-se concentrar toda a energia ritualística no momento do Solstício (Junho). Nesse determinado momento de luz máxima, junta-se a energia de cada indivíduo numa cadeia de elos unidos, vincadamente motivados num sacrifício (sacro-ofício – ofício sagrado) de oferenda e purificação plena do corpo e da mente.

Conta-nos Mircea Eliade (pai do estudo filosófico das religiões comparadas) que já na pré-história os homens honravam o Sol, comungando de um Espírito Inspirador e de uma motivação perfeita de glorificação da Fonte-dos-Sete-Raios.  
Na realidade, os rituais e as práticas hoje em uso na Maçonaria e nas escolas árabe-cristãs, contêm quase inalterados, os rituais ancestrais de raiz pagã.
Oferecendo o trigo e o vinho, símbolos da energia vital do homem, a gigantes fogueiras, onde simbolicamente todas as acções negativas passadas se consomem até que no céu surja a poderosa nuvem branca da Anunciação: O novo ciclo.

Deste ponto de vista, o Verão é em si um ritual completo de morte e renascimento.
Assim, que durante este tempo em que estamos aparentemente longe uns dos outros, que a celebração do Fogo nos transmute como se passássemos por um verdadeiro processo alquímico. A Alquimia sob o signo do Sol.