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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fernando Pessoa, a Rota da Rosa

Beata apagada em templo
De bica e cinzeiro
– um tudo de nada –
Fumo ou nevoeiro à mesa
do Encoberto.

O marinheiro do Martinho da Arcada,
O fingidor da dor,
Da dor que a Pátria sente,
Faz de Portugal Rosa,
Da Rosa Fada.

Portador da chave
Que o torna marinheiro,
Pessoa Navegador, Henrique
Por inteiro
Recria
Em viagens e mitos sem morada certa,
Fados que nos levam a parte incerta;
O choro de Portugal é rota delas,
Em mar de sal navegam caravelas.

O mito – esse ser de novo –
Faz de Portugal outra vez Povo.

Autor: Jónatas

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