terça-feira, 16 de junho de 2009

Ser Maçon no Século XXI

Desde que entrei na Ordem Maçónica, questiono-me permanentemente sobre o que é ser Maçon, como posso ser um bom Maçon, e no fundo, como posso, sendo Maçon, fazer mais pelo bem-estar da comunidade, pelo desenvolvimento e pelo progresso colectivo?
Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Paz e Humanismo, entre outros conceitos igualmente louváveis, para além de sons agradáveis ao ouvido, são valores insofismáveis e inquestionáveis para um Maçon; serão, porventura, dogmas irrecusáveis. Mas como praticá-los no nosso dia-a-dia, nas empresas, na família, junto dos amigos e nas instituições onde desenvolvemos uma qualquer actividade? Dizem-me que tenho que percorrer o caminho, assim como percorri o caminho que a antecedeu, livre e de bons costumes. Tenho que participar na edificação e construção de Catedrais.

Num mundo, que desaba a cada dia que passa, mergulhado na total ausência de ética, de responsabilidade empresarial, cheio de individualismo, veneração do accionista, no desprezo pelos trabalhadores, no lucro fácil, nas crueldades ambientais, num consumismo desproporcional, e até no terror e outras formas de matar, enfim, numa total crise de valores humanos, questionarmo-nos sobre os “porquês” e os “para quês” parece razoavelmente pertinente.
Este mundo que nós conhecemos, ou julgamos conhecer, tem pouco a ver com a nossa qualidade de Maçon. Como é possível, passarmos por um mendigo e não o acolher? Como é possível criticar pessoas que vivem com a ajuda do Estado porque tiveram o azar de terem ficado sem emprego? Ou mesmo desdenhá-los por não terem as condições mínimas para garantir uma vida digna e decente? Como é possível, milhões de euros de lucros e milhares de pessoas no desemprego? Que sociedade é esta? Que mundo é este?
O mundo que conhecemos, é um mundo em que a injustiça, os preconceitos e os erros são tão actuais como a internet. Por cada banquete numa qualquer cidade da União Europeia, há milhões de africanos que anseiam que lhes caia do céu um saco de cereais despejado por um avião da Cruz Vermelha, ou de outra qualquer organização de solidariedade. A cada humano solidário continuam a corresponder milhões de umbigos solitários. A realidade deste início de século não é assim muito diferente das atrocidades com que a Humanidade se tem batido ao longo da sua evolução.

De construtor de catedrais a construtor de sonhos e fantasias, vai um passo de gigante. O convívio entre a sumptuosidade mítica das catedrais e a miséria, a fome e a intolerância, acompanha ainda a contemporaneidade. Qual é então a a Catedral que o Maçon deve procurar construir? Encomendas como na Idade Média já não existem e a catedral do colectivo, o templo ou loja, essa está já construída e a ser aperfeiçoada com o contributo de todos os maçons através da sua participação. Na Antiguidade, os Romanos legislaram no sentido das profissões serem hereditárias, impedindo-se, desse modo, a extinção de algumas delas. Na Idade Média as profissões organizaram-se em corporações ou ofícios, nos quais poucos tinham o ensejo de ingressar, tal a necessidade de cada corporação guardar ciosamente os seus segredos, os seus conhecimentos, tal aconteceu com os pedreiros livres, os Maçons, ou Arquitectos, responsáveis pelas construções de Catedrais.
Os seus ensinamentos só eram transmitidos a aprendizes, sendo estes homens de características especiais, a quem tinham sido reconhecidas capacidades de integrar uma comunidade tão ecléctica. Essa comunidade era a Maçonaria operativa. Os Maçons eram então autênticos edificadores, construtores ou arquitectos dos mais belos monumentos que ainda hoje se podem admirar. Construções sólidas, duradouras, quase intemporais, encerrando em si um saber acumulado, só desvendado ou acessível a muito poucos.
Tal facto transfere grandes responsabilidades para todos nós. A Maçonaria, hoje, já não é operativa, mas sim filosófica. Hoje guardamos a memória de homens que influenciaram positivamente a Humanidade e que lutaram permanentemente contra quem escravizou, quem fez guerra e contra as desigualdades. Tem que ser possível, sendo nós homens de pensamento livre, liderar movimentos sociais, provocar mudanças, ser o guardião da esquadro e do compasso nas nossas atitudes e nos nossos feitos. Outros mais actuantes que nós arrastam a sociedade. Não serão necessariamente mais consequentes, nem tão pouco mais honestos nos seus objectivos. Em relação a alguns podemos mesmo afirmar, antes pelo contrário.

Porque não começarmos então por ser melhores cidadãos? Lembram-se da primeira vez que vos falaram de cidadania e civismo? Eu não, confesso. Mas lembro-me do sentimento de angústia que sempre tive, desde que me tomaram como pessoa adulta e responsável, cada vez que me questionava como ser um melhor cidadão. Pois bem, apesar de diferente, o aperto no estômago é semelhante, quando penso se estarei a ser um bom Maçon. Ser cidadão é participar da vida em comunidade. Cada vez que agirmos a pensar não só em nós próprios, mas também no bem-estar de outros, estaremos a exercer a Cidadania. Porque a cidadania não é só direitos e deveres, mas também a consciência de que nos devemos esforçar para construir um mundo melhor, mesmo com pequenas acções. A ética, a moral, costumes, a deontologia profissional e porque não dizê-lo, o Direito, devem nortear a nossa conduta.
Estaremos a fazer Maçonaria se formos bons cidadãos? Seguramente que sim.
Mas só isso não será suficiente. A actual crise, mais do que uma crise financeira, é uma crise de valores. Isto significa que os homens e mulheres que provocaram a situação em que vivemos abstiveram-se, ao longo de anos, de honrar um código básico de valores e de colocar a palavra “ética” nos contratos chorudos que assinaram. E se muitos pensavam que escândalos como aqueles que abalaram a Enron e a WorldCom, no início do século, jamais se iriam repetir, eis que voltamos à era em que a vergonha e a responsabilidade, não constam do vocabulário financeiro.
Lembro-me das histórias de cowboys. No velho Oeste, quando alguém era apanhado a fazer uma vigarice, o castigo mais comum era cobrir os fora-da-lei com alcatrão e penas. Não estamos no velho Oeste, nem os especuladores financeiros são bandidos que fogem a cavalo, mas a verdade é que os senhores da “economia sem consequências”não se limitaram a brincar com dinheiro que não era deles, a fazer experiências com produtos inovadores, a provocar o caos global no clima financeiro e a destruir a vida de milhares de trabalhadores inocentes por todo o mundo.
Maior intervenção por parte dos governos, mais regulação para as instituições financeiras. Esta parece ser a fórmula que mais adeptos tem vindo a ganhar, nos últimos episódios da crise financeira global. Mas será que chega? Se o caminho a seguir parece ser, sem dúvida, o acima referido há quem teime em lembrar que ao longo dos últimos 150 anos, este capitalismo, agora endemoniado, provou o seu valor para milhares de milhões de pessoas.
Agora, depois da hecatombe, os governos estão a nacionalizar bancos – ou partes deles – porque acreditam que o capital público é imprescindível para que o dinheiro continue a circular. Mas não é mais governo que é necessário mas sim melhor governação. Governação até de nós próprios e dos nossos actos.

Crise, crise e mais crise. É deprimente. E como bons portugueses que somos, nada como conhecer um ou outro drama pessoal para apimentar um bom diálogo de café. A nostalgia, o cinzentismo, a culpabilização dos outros e a inveja, estão inscritos no código genético lusitano e nem a nossa aventura por terras do continente asiático consegui mudar o nosso traço. Como alguns de vós sabeis, a palavra crise no ideograma chinês é Wei-Ji. O curioso, é que esta palavra tem dois significados: O primeiro é perigo, e o segundo, oportunidade para mudar.
Quantos de nós estão a aproveitar verdadeiramente este mau momento para mudar? Mudar comportamentos, mudar atitudes, mudar de práticas, transformar e estar aberto às coisas novas? Como lia algures no outro dia, muita gente só muda quando está no fundo. É um comportamento humano clássico. De forma inata, todos resistimos à mudança. Mudar assusta porque o que vem é algo desconhecido, logo ameaçador. Temos que trazer luz ao desconhecido, para encontrar a segurança que tanto necessitamos. Temos que agir, primeiro sobre nós próprios e depois então sobre os outros.

A Maçonaria e os Maçons, no século XXI, podem contribuir para um mundo melhor, mais humanista, mais solidário, mais fraterno e mais equilibrado. Somos livres para decidir. Temos naturalmente que buscar a perfeição, não só nos nossos rituais mas também nos negócios em que participamos e nas relações humanas que desenvolvemos, enfim, em todos os comportamentos e atitudes que nos norteiam enquanto seres humanos. Nós, Maçons, acreditamos na igualdade e na solidariedade. Mas será que isso faz de nós guerreiros em busca da luz? A luz que construirá uma sociedade mais fraterna, contra a arrogância do poder, que sente misericórdia pelos mais fracos?
Penso que a vontade de exercer um qualquer protagonismo consentâneo com os valores intrínsecos da Maçonaria, é uma vontade legítima. A operatividade da Maçonaria é notória em todas transformações e convulsões do mundo ocidental nos últimos séculos. A História da modernidade atesta-o.
A questão de fundo é esta: será mais urgente e consequente a acção no mundo exterior, ou a acção determinada e constante sobre cada um de nós, pedra obviamente constitutiva do edifício universal? Por outras palavras, admitindo que a cada Maçom assiste uma participação no mundo profano, será mais profícuo o trabalho sobre a pedra bruta ou essa urgência, por vezes histérica, de agir por agir e mostrar serviço na sociedade civil?

Estas são algumas angústias de um mero maçon que me atrevo, com toda a humildade, a partilhar convosco. Poderei mesmo ter a tentação fácil de concluir que a Catedral que o aprendiz terá de construir é a sua própria Catedral interior. Juntos, posso desejar que o somatório das nossas Catedrais seja maior que a soma das partes individuais. Mas posso, mesmo assim, do posto de vista operativo, afirmar com convicção que a Maçonaria contribuiu para a construção de um mundo melhor e diferente. Sim, sem dúvida contribui, e sem a Maçonaria as coisas seriam bem piores! Podemos fazê-lo com descrição? Com certeza.
Com pequenos gestos, nas nossas decisões do dia-a-dia, combatendo a indiferença perante as desigualdades, participando activamente nos movimentos sociais que visem objectivos nobres, denunciando o que está incorrecto, doando o que não nos faz falta, ajudando quem mais necessita, sendo justos nas afirmações, no fundo, liderando a sociedade pelo exemplo.
Poderemos até não resolver todos os problemas mas, seguramente, faremos parte de algumas soluções.
Elevando o desafio e a dimensão da questão, podemos e devemos, como homens livres, fazer mais para que a Humanidade deixe de ignorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, para que as empresas respeitem a Declaração da OIT relativa aos princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, para que as famílias cumpram a Convenção Sobre os Direitos das
Crianças e para que todos os cidadãos sejam sensíveis a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento. Só assim será possível. Nós, temos responsabilidades por grandes acontecimentos na História da Humanidade nos séculos passados. E neste século? O que estamos dispostos a fazer?

Em última análise será a pressão da opinião pública que determinará uma nova era no comportamento dos políticos, dos empresários e das organizações. E a sociedade vai-nos empurrar para uma mudança profunda.
As pessoas querem mais garantias no plano social, da sustentabilidade ambiental e do respeito pela dimensão humana de qualquer projecto económico, público ou privado. Nós, os Maçons, temos que liderar a mudança necessária para a construção de uma nova ordem económica e social, pensando globalmente e agindo localmente.
Há Catedrais que faltam construir. Haja na Maçonaria força para o fazer.

Autor: Teseu

terça-feira, 9 de junho de 2009

Uma sobremesa indigesta

Num dia de Fevereiro tive um almoço muito diferente do habitual. Os meus convivas eram pessoas que então mal conhecia. No entanto, sendo amigos de um grande amigo, naturalmente os considerei amigos.
Este almoço não era meramente social, mas destinava-se a uma «entrevista». É certo que já estou habituado a entrevistas feitas por alguém com um gravador e com um cansativo fotógrafo a dizer para sorrir ou olhar para aqui ou para acolá. Mas esta era muito diferente. Como sobremesa foram-me colocadas uma série de perguntas que implicavam uma reflexão difícil e complexa, na qual procurei ser o mais honesto possível com os meus interlocutores e comigo mesmo, apesar de ser colocado perante graves dilemas. O choque de valores fundamentais é sempre algo muito complicado. Confesso que os achei óptimos temas para alguns dos meus modestos contos...
No final fui convidado a ler e assinar um pequeno documento, onde me eram colocadas duas questões. A primeira referia-se a partilhar os ideais da Maçonaria. Por aquilo que então sabia, não tive dúvidas em concordar.
Mais complicada para mim foi a segunda, na qual eu deveria dizer que aceito a existência de um Deus. Assim mesmo, com maiúscula! Tive de conversar com os meus interlocutores sobre o significado exacto da pergunta.
De facto já tinha conhecimento de que na Maçonaria há uma referência frequente ao Grande Arquitecto do Universo. Mas ali estava preto no branco a palavra «Deus».
Na conversa que se seguiu, percebi melhor o sentido da pergunta. A palavra «Deus» não tinha ali a conotação vulgar na nossa cultura. Seria antes admitir que existe uma «força» ou «algo», que levou ao aparecimento de tudo quanto nos rodeia, desde a pedra da calçada até à mais longínqua galáxia e que continua a governar os grandes acontecimentos que ocorrem no Universo. Perante a explicação dos meus convivas, a resposta à pergunta passava a ser positiva.
Por uma questão de honestidade acho ser meu dever explicar as minhas ideias sobre o assunto.
Na minha opinião, o órgão mais importante e que melhor distingue o ser humano é o cérebro. E se o temos, acho essencial que o usemos. Por isso não me parece que se deva simplesmente «acreditar». Devemos tentar perceber, pensar nos assuntos, analisar os factos, ponderar os argumentos a favor e contra. Só depois de um estudo, que nalguns casos deve ser aprofundado até onde as nossas capacidades o permitirem, se devem extrair conclusões. Aí deveremos dizer «penso que» ou «admito que» e não «acredito que». Naturalmente que haverá questões para as quais não temos uma resposta lógica. Mas acho que dizer «não sei» é um acto de coragem e deve constituir um incentivo a mais estudo, a mais trabalho.
A cosmologia actual considera que o nosso Universo terá começado com um fenómeno extraordinário a que, por graça, foi dado o nome de «Big Bang» (BB). Tudo quanto existe nesse Universo, matéria e energia, espaço e tempo, terá tido a sua origem nesse momento. Se o BB foi acto de um Deus ou se resultou de um ciclo de contracções (big crunch) e expansões alternadas, a ciência não o conseguiu esclarecer até à data. Portanto daqui não se poderá concluir sobre a existência ou não de Deus, mas tenho de admitir que uma força (ou um conjunto de forças) deu origem ao nosso Universo.
Por outro lado, bastará possuir conhecimentos elementares de física para se saber que matéria e energia são uma só e que uma se pode transformar na outra. Foi preciso muito tempo para que os físicos concluíssem que ambas obedecem a um conjunto de «forças» e que estas se podem resumir a quatro fundamentais: gravidade, electromagnética, nuclear fraca e nuclear forte. Parece também cada vez mais evidente, que todas elas estão de algum modo relacionadas entre si e uma das grandes buscas da ciência actual é precisamente a criação de uma teoria que as consiga unificar a todas, a chamada Teoria de Grande Unificação.
De qualquer forma terão sido essas forças (ou afinal uma só) quem, desde o início do nosso actual Universo, governou todas as suas transformações e parece evidente que assim deverá continuar a acontecer. Como não vejo qualquer problema em que se chame «Deus» a essas forças ou ao seu conjunto, não havia motivo para não assinar.

Autor: Carl Sagan

Nota de edição:
O episódio acima descrito sobre a aceitação da existência de "Deus" refere-se a condição particular a outra obediência maçónica que não a do Grande Oriente Lusitano, onde tal condição não é imposta por norma de exclusão de dogmas. Assim e sob reserva do profundo respeito pelas normas e preceitos de todas as obediências maçónicas, entendeu-se no entanto, interessante a publicação do texto em causa, pela globalidade didáctica do seu conteúdo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Nome Simbólico - Charles Darwin

Charles Darwin, naturalista inglês, nasceu em 12 de Fevereiro de 1809 em Sherewsbury, filho de Robert Darwin e de Susannah Wedgood. Com 17 anos, Darwin deixou Sherewsbury para estudar medicina na universidade de Edinburgh. Repelido pelas práticas cirúrgicas sem anestesia (ainda desconhecidas na época) em 31 de Dezembro de 1831 ele aceita o convite para tornar-se membro de uma expedição científica a bordo do navio Beagle. Assim Darwin passa cinco anos de (1831 a 1836) navegando pela costa do pacifico e pela América do Sul. Durante este período, o Beagle, aportou em quase todos os continentes e ilhas, Darwin fora chamado para exercer as funções de geólogo, botânico, zoologista e o homem de ciência, esta viagem foi uma preparação fundamental para a sua vida subsequente de pesquisador e escritor. Em todo o lugar, Darwin reunia grandes colecções de rochas, plantas e animais que imediatamente, enviava à sua pátria.
Após o seu regresso a Inglaterra, Darwin iniciou um caderno de notas sobre a evolução dando assim os primeiros passos para a teoria da origem das espécies. No começo, o grande enigma era explicar o aparecimento e o desaparecimento das espécies. Assim surgiram na sua cabeça várias questões por que se originavam as espécies? Por que se modificavam com o passar dos tempos? Depois disso, nasceu a famosa doutrina Darwinista da selecção natural, da luta pela sobrevivência ou da sobrevivência dos mais aptos, pedra fundamental da origem das espécies. Nessa altura Darwin estava a mudar a crença contemporânea sobre a criação da Vida na Terra.
No livro “Origens das Espécies”, Darwin defende duas teorias principais: A da evolução biológica - todas as espécies, plantas e animais; que vivem hoje, descendem de formas mais primitivas – e de que esta evolução ocorre por selecção natural; Os princípios básicos da teoria sobre a evolução, embora existam controvérsias em torno deles; Darwin tentou mostrar que a selecção natural tende a modificar as características dos indivíduos ao longo de gerações, podendo gerar o aparecimento de novas espécies. No mundo de hoje o evolucionismo surge como uma doutrina extraordinariamente actual e dotada de argumentos capazes de criar roturas com o tradicionalismo e as convenções clássicas, conduzindo o Homem a uma reabordagem constante da sua própria evolução biológica. No Universo e na Vida, em todas as suas manifestações, o evolucionismo pressupõe, serem mais plausíveis à mudança dos organismos vivos, Darwin, teve oportunidade de observar diferentes fenómenos da natureza que lhe despertaram a curiosidade e que viriam a ser pilares no desenvolvimento da sua teoria.

A razão por que escolhi Charles Darwin, foram duas, ignorando eu se Charles Darwin pertenceu à nossa Augusta Ordem, no entanto, penso que o seu profundo e prolongado trabalho, tal como a sua vontade de saber cada vez mais e a busca da verdade são aspectos que estão perfeitamente de acordo com o espírito que deve dirigir a actividade de todos os maçons. Identifico-me plenamente com este espírito e de aí ter escolhido o seu nome para o usar simbolicamente entre nós; A segunda razão, porque como ele, eu também sou um amante da natureza um estudioso de aves conhecendo quase todas as espécies as diferenças entre machos e fêmeas e coleccionador de aves (perto de setecentas criadas em cativeiro pelo prazer de as poder observar de perto).

Autor: Charles Darwin