terça-feira, 26 de março de 2019

Vem Primavera


Vem Primavera!
Traz contigo as flores de Abril
Da solene promessa de uma nova vida.
Trás milhares muita gente.
Vem devagar! Vem de repente!

Vem Primavera!

Vestida de Mulher com cabelos pela cintura
Vem descalça…
Caminha no verde da palavra mais pura.

 Vem Primavera!
Não demores na escuridão das vozes

Solta as palavras e os sons
Faz-te ouvir nas alturas!

Autor: Asherah

terça-feira, 19 de março de 2019

O Templo Ecuménico Universalista

Nos arrabaldes de Miranda do Corvo, depois de um bonito trajecto por estradas de terra, encontramos no meio da floresta, no topo da colina do Parque Biológico da Serra da Lousã, o Templo Ecuménico Universalista; trata-se de um espaço idealizado, financiado e erguido pela ADFP, a Fundação para a Assistência e Desenvolvimento e Formação Profissional, uma instituição de solidariedade social laica com sede no mesmo concelho. Tendo a sua primeira pedra lançada a 11 de Setembro de 2015 e inauguração celebrada a 11 de Setembro do ano seguinte, este templo pretende ser um monumento de homenagem às vítimas do fundamentalismo, não só às que pereceram no mesmo 11 de Setembro, mas de uma forma geral a todas as pessoas que ao longo de séculos e milénios morreram devido ao fundamentalismo e às ortodoxias religiosas.

A entrada do recinto é efectuada por um portão em ferro, suportado por entre duas colunas de pedra, fazendo lembrar a entrada de um templo maçónico, pese embora a ausência de inscrições e gravuras alusivas. Transposto o portão vemos uma longa escadaria e à sua esquerda e à sua direita principiam dois percursos pedonais. No percurso pedonal a bombordo encontramos um espaço adornado com o símbolo do Taoísmo, seguindo-se um altar hindu com três divindades, Ram, Sita e Laxman; surge já perto do seu final um queima velas na forma de uma imagem simbólica de duas mãos erguidas em prece. Já no percurso a estibordo, deparamo-nos três rochas com uma escultura lembrando o deus Endovélico dos nossos ancestrais Lusitanos, seguindo-se-lhe uma imagem de Buda e finalmente uma mesa da igualdade, de forma circular, numa homenagem aos Siks; de notar que a referida mesa possui 13 bancos, numa referência simbólica à última ceia de Cristo.
De regresso à escadaria da entrada do templo, não deixamos de notar a irregularidade dos lanços de degraus, sempre em número ímpar de 3, 5 e 7 e 9, números mais simbólicos das tradições espirituais e místicas ocidentais e, em parte, da própria maçonaria. Neste percurso pelos diversos degraus da maçonaria, interrompemo-nos perante um cubo em pedra com uma esfera, também ela do mesmo material, com a intenção de estar a girar sobre água, remetendo-nos para o positivismo científico de Galileu Galilei, julgado e condenado pela Inquisição há precisamente 400 anos, por defender que a Terra se movia em redor do sol. No cubo, pode ler-se a célebre frase que Galileu terá proferido à saída do tribunal do Santo Ofício: “Contudo ela move-se”. Simbolicamente, recorda também que nenhuma crença pode silenciar ou travar a ciência na sua permanente busca da verdade. 


Ainda antes de terminarmos a ascensão pela escadaria, algures no meio do trajecto, surge a palavra Paz, escrita em 12 dialectos distintos. A escadaria termina num espaço estranhamento familiar; de forma rectangular com 8,9m de largura e 17,8m de comprimento, as mesmas medidas da base do antigo Templo de Salomão, o seu pavimento é em calçada em quadrados brancos e pretos e nos três cantos surgem em número igual colunas em pedra, cada uma no seu estilo clássico (jónico, coríntio e dórico), representando a sabedoria, a força e a beleza. Neste instante terminam as coincidências metafóricas com a maçonaria e sentimo-nos como que estando verdadeiramente num templo maçónico; não só e apenas pela simbologia envolvente, mas porque essa envolvente, no seu contexto mais lato, nos conduz ao recolhimento da reflexão, da paz, da harmonia com nós próprios e com o mundo.


Deste pátio já se vislumbra o templo verdadeiramente dito, mas ainda antes de chegar à sua porta eis que se nos depara um caminho com sete voltar em espiral, em afinidade com o número de giros que o crente faz na Peregrinação a Meca em torno da Caaba; este trilho principia-se irregular e vai sendo facilitado à medida que é percorrido, em analogia ao percurso da vida e às dificuldades que enfrentamos; o caminho do nosso aperfeiçoamento pessoal, como tão bem está inscrito na iniciação maçónica. Neste percurso encontramos ainda inscritos em pedras no pavimento os sete Pecados Mortais, que aqui representam as dificuldades e as armadilhas que nos afastam da inatingível perfeição pessoal. 
Findo o percurso, e circundado o templo as ditas sete vezes, podemos ver a bandeira portuguesa, hasteada a 15,24 metros de altura, a mesma da Caaba muçulmana, numa homenagem à religião que chegou a ser maioritária em Portugal. E eis-nos perante o templo, com uma característica forma piramidal, numa homenagem arquitectónica ao Antigo Egipto; com 13,4 metros de altura, presta-se também, e mais uma vez, homenagem ao Templo de Salomão, construído no século IX a.C. em Jerusalém. As faces que ladeiam a entrada desta pirâmide detêm os símbolos de um dos monoteísmos abraâmicos, quer num baixo-relevo, quer gravados nos óculos de vidro estrategicamente posicionados de forma a catalisarem a luz do sol para o interior do Templo. Na face orientada a sudeste encontra-se o “crescente”, símbolo do Islão, lado onde também temos incrustada uma pedra negra indicando a direcção de Meca. Na fachada orientada a sudoeste inscreve-se o símbolo judaico, a estrela de David. Na parede virada a noroeste, observa-se a cruz, símbolo dos cristãos. Também na fachada onde se encontra o pórtico de entrada podemos encontrar, impresso em baixo-relevo, três palavras e três letras maiúsculas: Bondade (M), Moral (R) e Verdade (J). 
A entrada do edifício em si faz-se por uma porta ladeada por uma pequena corrente de água, um gesto simbólico de purificação, simbolismo tão transversal a várias crenças e religiões. Transposta a entrada surge uma nova porta, encimada por um triângulo em pedra, com um olho no centro; esta imagem do olho que tudo vê não só representa a figura do Grande Arquitecto do Universo existente nos templos maçónicos, mas também invoca a imagem de muitas igrejas católicas dos séculos XVIII e XIX, especialmente a Santíssima Trindade, onde eram frequentes estas representações de Deus. No seu interior o templo abriga um observatório de religiões que representa e trata de forma igualitária o Cristianismo, o Islamismo, o Judaísmo, o Hinduísmo, o Xintoísmo, o Jainismo, o Budismo, o Confucionismo, o Taoísmo, o Sikhismo, o Zoroastrismo, a Fé Bahaí e a religião dos Orixás; de frisar que é dado igual destaque e importância ao Ateísmo e ao Agnosticismo. 
E é nesse mesmo contexto que, já no interior da pirâmide, mas no espaço entre as paredes exteriores e o espaço central, encontramos um percurso designado por Observatório de Religiões; seguindo um misto cronológico e geográfico, vislumbramos um vasto grupo de posicionamentos e de tradições de relação coo transcendente, onde se encontram marcantes datas religiosas, filosóficas, espirituais e mesmo maçónicas. Em simultâneo, na parede exterior a este percurso, está exposta uma cronologia comparada da história mundial das religiões, ainda que no momento da visita se encontrasse inactiva. 

Transitando para âmago do templo, damos com um espaço de forma cilíndrica, rematado no seu topo por uma abóbada azul de calote esférica ladeada por estrelas, tal como nos templos maçónicos, em representação do céu estrelado. No topo zenital, uma estrela de nove pontas remete-nos para a Fé Bahá’í, e do seu centro cai, como se de um fio-de-prumo se tratasse, um candeeiro com luz. A Sul, um rasgo contínuo nesta abóbada permite que diariamente, ao meio-dia solar, o Sol crie um ponteiro de luz a iluminar o centro do Templo, numa clara referência à ancestral adoração do Sol. No pavimento está desenhado um quadrado com um labirinto em calçada portuguesa, nos tradicionais tons de preto e branco; este labirinto, como que plagia representações dos Templários, nomeadamente nas Catedrais de Chartres e Amiens, sugerindo uma reflexão sobre a vida e a nossa busca pela Verdade.
No seu centro, um paralelepípedo de pedra de granito polido serve de suporte a uma pedra bruta, invocando a principal metáfora da maçonaria e que nos remete para a imagem de construção que é cada um; o trabalho sobre a pedra bruta que somos até se conseguir a pedra polida e geometricamente perfeita que desejamos ser. Simbolicamente, o paralelepípedo tem as dimensões de 1,11m x 0,666m a possível medida da Arca da Santa Aliança, peça que faz parte do nosso imaginário colectivo.

Em jeito de conclusão, e seguindo a retórica do próprio autor do roteiro desta construção, este espaço começa por ser um Templo porque o queremos como um local de pensamento e de sentimento, um espaço em que somos transportados para a profundidade da criação e do criador, seja do ponto de vista da religião seja do ponto de vista da ciência. 
Este é um espaço que remete para o recolhimento na busca dos valores absolutos de cada um; o sagrado deste Templo é a capacidade de quem o visita se espantar, de criar, de olhar para a realidade e, sem perder nada da sua concepção de sagrado, se centrar no Homem e no que este faz de bom e de mau. É por esta razão que o Templo é Ecuménico, no sentido em que é das espiritualidades da Humanidade, onde tudo e todos têm lugar, até os não crentes. Por fim, este templo é Universalista pois remete-nos para um olhar de respeito e de tomada de consciência; todos os conteúdos, os textos, os signos e os símbolos correspondem a uma dimensão universalista da Humanidade, a uma procura e a um desejo de explicar o todo. Seja através do mais longo extenso trajecto pedonal, onde o caminhante vai sendo confrontado com frases de filósofos e pensadores, seja na maior ligeireza do automóvel, não posso deixar de recomendar a visita a este local, de certa forma único em Portugal. Este é um local onde só podemos ir propositadamente, num gesto de vontade pessoal, na busca da espiritualidade e da verdade interior.

Autor: Álvaro de Campo

terça-feira, 12 de março de 2019

Armindo Matias - Um nome simbólico de Homenagem

Na explicação da escolha do meu nome simbólico Armindo Matias importa explicar que representa meu Avô paterno João Armindo Matias Pedroso. Seria mais fácil escolher um nome mais conhecido ou com ligações maçónicas, mas certamente não seria melhor nem mais sentido. As leituras que já efectuei sobre a nossa Augusta Ordem construíram em mim um significado de comportamento Maçon que me remete para essa minha referência masculina, que nunca teve que a família conheça, qualquer relação directa com a Maçonaria mas que todos os dia a praticava por via dos seus actos. 
Meu Avô chegou ao nosso mundo em 01-10-1924 em Carnaxide e partiu em 03 de Julho de 2013. Filho de João Luís Antunes Pedroso, encarregado de construção civil, ex-sargento do exercito (expulso no seguimento de uma tentativa de golpe militar) e de Gertrudes da Conceição Matias Pedroso, queijeira, filha de agricultores que ainda conservavam ancestrais tradições judaicas. Efectuou a sua instrução primária em Carnaxide, no entanto como era usual nessa época, por falta de recursos familiares iniciou a sua vida profissional aos 12 anos, como aprendiz de serralheiro tendo posteriormente ingressado na Construtora Moderna em Pedrouços (1938/1943). Retenho 2 referências sobre esta passagem, ter sido preso com 14 anos na sequência de uma greve nos anos 30 e a participação na construção do gradeamento na linha férrea da CP de Cascais (que terá durado pelo menos até este século e me acompanhou nos percursos de comboio para a Universidade). Segue-se a entrada como soldador na CELCAT, onde permanece até à reforma em 1984 como encarregado.
Nos anos 60 recebe a medalha de mérito industrial pelos serviços prestados enquanto operário, tendo estado prestes a recusar receber a mesma por um dos Administradores da Companhia ter comentado “Dá-se qualquer coisa a um operário ficam logo todos felizes.”, estando Américo Tomáz já na Fábrica, acaba por aceitar a medalha com orgulho por ser operário, orgulho que manteve até à sua partida. 
Paralelamente cria em conjunto com o cunhado (irmão de minha avó, torneiro na Fábrica da Pólvora de Barcarena) a primeira fabriqueta de tampas de alumínio para frascos de penicilina (motivo pelo qual a sua grande referência científica era Sir Alexander Fleming). Esta surge por convite de um antigo colega da CELCAT e amigo de Carnaxide, que tinha iniciado a produção dos selantes de borracha para as referidas tampas. Esta actividade permitiu pagar o empréstimo que tinha na CGD para construção da casa familiar em Barcarena e proporcionar a meu Pai a frequência do ensino superior.
Efectuou serviço militar no regimento de Engenharia 1 na Pontinha, como Guarda Fios tendo sido destacado para os Açores no período final da segunda Grande Guerra, nunca chegando a ir atendendo ao final da mesma, no entanto, ficou retido até às cerimónias de homenagem aos soldados Brasileiros mortos em Itália. 

Apolítico nas suas conversas e amizades tem, no entanto, como presença constante em casa a Rádio Voz da Liberdade em Argel tendo tido perante a família apenas duas posições que marcadamente o demarcavam do regime vigente à data. A primeira aquando de concurso para Chefe de Quina na Mocidade Portuguesa, onde terá indicado claramente a meu Pai “Não te metas no que não entendes” e a segunda ter tido participação activa na distribuição porta a porta dos boletins de voto do General Humberto Delgado (em 1958 os boletins de voto eram levados de casa).
Calado, mas sociável era um grande construtor de “pontes humanas” por ser alvo de grande respeito pelas pessoas que com ele privaram e o demonstraram na sua partida, desde um dos antigos Administradores da CELCAT até a um antigo colega de trabalho que ajudou financeiramente a refazer a vida na Suécia. Sempre seguiu a sua vida como quis, cumprindo os seus valores, algo tão simples para ele não existia alternativa a ser Fiel, Honrado, Perfeccionista, Honesto, Trabalhador, Amigo, Confiável, Ético e Abnegado nas suas relações. A imagem de confiança e idoneidade dos seus actos transparecia para além dos seus amigos e família, de tal forma que num episódio da sua vida ainda no Antigo Regime, um operário que era o encarregado de distribuir O Avante foi atropelado no caminho para o trabalho transportando diversos exemplares que não se tinha conseguido desfazer. Antes de ser levado para o Hospital, aos gritos não permitiu ser assistido até que lhe trouxessem o João Soldador, que quando chegou ficou admirado por o primeiro lhe ter passado os exemplares do jornal. Esse operário tinha mais confiança de não ser denunciado por meu Avô que pelos seus Camaradas de Célula. 
Nunca se preocupou em ter mais ou menos posses que alguém, mesmo nas fases menos desafogadas onde chegou a praticar a sua actividade lúdica predilecta (a Caça) sem chumbo nos cartuchos uma vez que o mais importante era o convívio fraterno com os seus amigos. Lembro-me que praticava rendas mais baixas que o usual em 3 imóveis que tinha por não achar aceitável pedir rendas altas a quem tem salários baixos e fazer questão que essas casas estavam em excelentes condições e escolhendo nos arranjos os materiais com os inquilinos, pois considera que a Casa de Família o bem material mais importante que detemos. Trabalhou até ao corpo o aprisionar, sempre com grande orgulho no seu trabalho. Relembro um dos cataventos que fez que teve uma fotografia numa revista da TAP e quando num acaso lhe disseram, limitou-se a sorrir orgulhoso.  
Nunca soube falar outra língua que não o Português, no entanto, serão poucos os países da Europa que não conheceu a bordo de um automóvel com a minha Avó e meu Pai (único luxo que lhe conheci), tendo curiosamente mantido até ao final dos seus dias no seu circulo de amigos mais íntimos um casal de Franceses que não falavam português e tendo a capacidade de passar serões inteiros em França ou em Portugal a interpretar as mensagens que cada um queria passar a outro. 

Escolhi Armindo Matias, pois meu Avô foi até hoje a melhor pessoa com que privei, calado mas capaz fazer qualquer coisa pelas pessoas que amava sem se queixar. Por ter percorrido, dias e dias, a pé a distância entre Carnaxide e Barcarena para namorar a minha avó à janela, por ter trabalhado 18h diárias para meu Pai ter os estudos assegurados, por me ter acompanhado e ao meu irmão em todas as actividades em que podia, por deixar a sua actividade preferida porque o neto mais novo chorava quando via animais mortos, por sair da sua casa para que os netos fossem viver para mais perto dele, pelo grande Homem que é meu Pai baseado nos seus valores e pela marca que deixou em mim e no meu irmão. É dele (directamente ou através de meu Pai) que me foram passados alguns dos valores mais simples como o Trabalho, a Liberdade, a Igualdade, o não gastar mais do que se ganha, o profissionalismo e acima de tudo a Ética, valores de que nunca se desviou, não para que alguém o elogiasse, mas apenas porque era o certo (meu Pai recorda-se de ser conhecido pelo caçador que nunca matou uma perdiz no chão ou um coelho na camada). Nunca ouvi meu Avô dizer que tinha feito algo de determinado valor para se enaltecer, fazia e pronto. 

De tudo o que fez, o que mais o orgulhou foi o Homem que o meu Pai se tornou e os dois Netos. Por tudo isto, por muito mais, por ainda sentir as suas mãos ásperas e o dedo que lhe faltava, perdido no trabalho, seus olhos cinzentos, doces e bons. E claro o seu sorriso, sempre verdadeiro, que me faz e fará falta todos os dias da minha vida desde que partiu em 03 de Julho de 2013. A sua lembrança ajuda-me a querer sempre melhorar e a escolha de Armindo Matias como nome simbólico reforça essa minha vontade.
Posso considerar que esteve já entre nós na cerimónia de iniciação, primeiramente por ter vincado com o seu cunho pessoal a primeira e segunda viagens, a minha infância e juventude, com os seus ensinamentos e estando presente pela sua marca também na terceira etapa, a idade madura em que apesar de estar ausente me deixou ferramentas para me aperfeiçoar. Foi com ele, que pela primeira vez utilizei um escopro para trabalhar. Na minha iniciação foram marcantes as diferentes etapas, com destaque para o momento em que os maçons me orientaram para pela primeira vez utilizar o maço e iniciar o trabalho da Pedra Bruta. Nesse momento sente-se uma espécie de início dos trabalhos que não cessarão. 
Será com orgulho, que entre as colunas, na loja fraterna, cumprirei sempre os meus deveres de aprendizagem para um constante aperfeiçoamento e progressão intelectual e moral, fraternalmente com o apoio da loja, respondendo sempre com orgulho pelo nome de Armindo Matias e contribuindo com espírito de partilha sempre que surja oportunidade para o aperfeiçoamento dos maçons. 

Autor: Armindo Matias