terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Geometria Sagrada

No Registro Nacional de Propriedades Industriais da França, encontra-se arquivada uma curiosa patente de número 333.393, datada de 26 de junho de 1903, propriedade de Joseph-Alexandre de Saint-Yves. Trata-se de um instrumento de precisão, catalogado pelo instituto de patentes entre os instrumentos matemáticos de pesos e medidas que o inventor chamou "Padrão Arqueométrico", um meio de aplicar as regras musicais à arquitetura, às belas-artes, às artes gráficas e a diversas profissões e ofícios.
Muito já se escreveu sobre a Geometria Sagrada e os supostos segredos que os construtores medievais ocultaram nos muros das catedrais. Saint-Yves não era um fantasista, mas acreditava num padrão ou proporção matemática implantada pelo Criador entre todas as coisas e fenômenos do Universo, assim como os antigos gregos ao estabelecerem o Número de Ouro ou Divina Proporção que é 1,618....
A ideia expandiu-se para a trajetória dos astros, os fenômenos astronômicos e os ciclos que ocorrem na Terra.
O "Padrão Arqueométrico" de Saint-Yves fez renascer as idéias dos pitagóricos de que "no princípio Deus geometrizou"; que o Universo foi criado com número e proporção. Estas idéias levaram os extremados a afirmarem que "Deus é um número".
Nos templos iniciáticos da antiguidade, segundo as conjecturas de Saint-Yves, predominava a lei astronômica dos Triângulos Celestes. O diagrama formulando essa "descoberta" aparece nas modernas instruções maçônicas e nos ensinamentos de outras ordens iniciáticas, deixando os adeptos boquiabertos:
Nossos remotos antepassados imaginavam que a Terra fosse o centro do Universo, o número 1. Contemplavam o céu, o horizonte e o Sol como se fossem a unidade se desdobrando na perigosa dualidade: o dia e a noite, o preto e o branco, o sim e o não. Estes, por sua vez, materializavam-se em quatro triângulos: as casas zodiacais 1, 5 e 9 sendo ígneas (elemento fogo); as casas 2, 6 e 10 correspondendo ao elemento terra; as casas 3, 7 e 11 formando o triângulo do ar e, finalmente, as casas 4, 8 e 12 pertencendo ao domínio das águas. E Saint-Yves acabou por reproduzir essa cosmogonia que alguns tentam explicar pela "quadratura do círculo", assim:
Os quatro primeiros algarismos constituem a tetractys pitagórica. O plano divino e o plano humano estão assim relacionados: o um se torna muitos; os muitos se unem outra vez na unidade, ou seja, 1+2+3+4=10 sendo que o 10 retorna à unidade, pois 1+0=1.
Parece complicado... e é mesmo, principalmente com a colaboração dos exotéricos extremistas que transformam o simples em complexo e o complexo no indecifrável.
Mas Saint-Yves não se limitou a reproduzir essas idéias. Levou-as mais longe no que se refere à correlação entre formas arquitetônicas, cores e os sons musicais nas catedrais góticas: um som é ANÁLOGO uma cor (vibração em oitavas superiores) e uma distância entre dois pontos. 
A arte gótica, na interpretação de muitos é, na verdade, "ars gotica" ou "argot", uma linguagem secreta. Na mitologia grega, o navio de Ulisses chamava-se "Argos", e seus tripulantes "argonautas" - uma espécie de Loja - maçônica ou rosacruz - flutuando sobre as águas.

Com os conhecimentos que possuía, Saint-Yves aventurou-se na pesquisa da relação entre o significado dos sons do alfabeto watan, a escala musical e as medidas numa régua de três faces (watan seria a escrita primitiva que, segundo os videntes, originou-se na Atlântida e foi transmitida à Índia e ao Egito depois da catástrofe que fez desaparecer aquele continente). Nesse ponto da "pesquisa" o autor do Arqueômetro abriu concessões irreparáveis ao critério científico.
Porém, dessas andanças resultou uma intrigante descoberta das correspondências entre hieróglifos egípcios, o alfabeto hebraico, os números e a escala (musical) pitagórica. Noutras palavras: apontou no que julgava ver e acertou no que não viu (figura acima, mostrando as medidas de um cálice, as cores, os planetas e os sons).
Duas dessas importantes chaves aparecem na páginas 273 e 274 da edição espanhola de Luis Carmo-Madrid com o "tipo de armação musical do Estilo grego - Divisões musicais e Intervalos relacionados à corda sol dividida (em 96) - Número do Triângulo de JESUS (arqueômetro)". O nome Jesus foi escolhido como exemplo para o projeto de uma fachada. Numa primeira leitura dessas plantas baixa e recortes de fachadas o leitor desanima, pois tem de conhecer matemática e desenho geométrico além de sustentar-se em sólido conhecimento da teoria musical (o desenho acima reproduz a escala pitagórica que é impraticável para a composição musical e afinação dos instrumentos. O que usamos é o "sistema temperado" ou Wohltemperierte segundo Bach).
A primeira leitura que fiz do Arqueômetro data de 1990 quando fui presenteado com o livro. Confesso que fiquei tonto... apesar de ter sido bom aluno de Geometria, Geometria Descritiva de Gaspard Monge, ter passado bom tempo lendo sobre as tentativas de Gustav Fechner para validar a associação entre fenômeno humano e o número de ouro, etc., além - é claro - de minha formação profissional como instrumentista e professor de música. Mas nem esses conhecimentos me foram suficientes, apesar de, pacientemente ter separado os elementos imaginativos daquilo que pude contar e medir com o auxílio de uma lupa. Lá estavam (e ainda estão) as medidas, formas e cores demonstradas por Saint-Yves D'Alveydre.
Para os místicos, os povos da remota antiguidade sabiam correlacionar as energias telúricas e siderais com formas, cores e com um outro aspecto infelizmente perdido para nós: a música desses povos. Dizem que os antigos egípcios frequentavam lugares sagrados para entrarem em comunhão com as forças da natureza mediante formas sagradas, cores que eles geralmente atribuíam às vestes ritualísticas e sons sagrados que emitiam naqueles locais durante as cerimônias. As formas e as cores chegaram até nós. Os sons se perderam, pois, como já dissemos, só na Idade Média foram desenvolvidas novas técnicas de notação musical.
Foi na Idade Média que se desenvolveram as técnicas de notação musical. Guido d'Arezzo, que viveu de 995 a 1050, foi o inventor de inúmeras novidades musicais. Fez progredir o sistema de escrita das notas e deu os nomes dó-ré-mi-fá-sol-lá-si às sete notas dos sistema tonal com sílabas de um hino dedicado a São João, patrono dos construtores de catedrais, dos Templários e dos "monges construtores". Isso temos como verificar:
UT queant laxis = ut foi substituído pelo monossílabo DO;
REsonare fibris = nota RE (escala pitagórica = 9/8);
MIra gestorum = nota MI (escala pitagórica = 81/64);
FAmuli tuorum, = nota FA (escala pitagórica = 4/3);
SOLve polluti = nota SOL (escala pitagórica = 3/2);
LAbii reatum, = nota LA (escala pitagórica = 27/16);
Sancte Ioannes = S+I (ou si) (escala pitagórica = 243/128).

Traduzindo o hino, para que possa servir de interpretação daquilo que Guido d'Arezzo ocultou: "Para que sejam soltos as vozes de teus servos num cântico que possam proclamar as maravilhas de vossas obras limpe a culpa dos lábios manchados, ó São João!"
Saint-Yves era também músico e estava atento a essa associação ao elaborar a teoria do Arqueômetro. Passou a "usar o watan" apenas como referência (mais para ocultar do que para revelar, como fazem os bons simbolistas). No momento de provar sua teoria, associou cada som das vogais e consoantes latinas à determinada nota e cor. Nas páginas 284, 285 e 286 (da Edição espanhola) ele exemplifica o Arqueômetro musical na línguas litúrgica, musicando o "Angelus dixit..." ou Saudação Angélica em conformidade com as leis numéricas (para coro, harpa baixo e órgão).
Disposto a recuperar o segredo dos antigos construtores e redescobrir os números e proporções capazes de orientar o homem moderno na construção de templos e na composição de cânticos adequados aos mesmos, inventou uma escala de medidas, cores e sons, uma extensa coleção de "réguas triplas" derivadas do sistema métrico decimal, da escala musical temperada em substituição ao sistemas musicais dos pitagóricos.
Em resumo: para Saint-Yves, as catedrais estão construídas nos cânones de arquitetura e sincronizadas com: 1) cores internas filtradas da luz solar pelos vitrais e rosáceas; 2) os cânticos religiosos; 3) o formato e tamanho do cálice utilizado durante as celebrações.
Cada catedral deveria, portanto, ter sua própria música e seus próprios cânticos. Seria preciso que cores específicas, refletidas internamente, estivessem em harmonia (ressonância) com o resto da construção, a música e a posição geométrica do templo.
As descobertas de Saint-Yves D'Alveydre estão condensadas, e de certo modo veladas, em seu livro "O Arqueômetro - Chave de Todas as Religiões e de Todas as Ciências da Antigüidade",(traduzido em português pela Madras) onde ele propõe uma reforma de todas as artes contemporâneas.
Evidentemente, trata-se de um livro de leitura difícil. Exige conhecimentos aprofundados de matemática, música e arquitetura. Mas sua teoria e suas demonstrações levam-nos a refletir sobre o conhecimento perdido e principalmente sobre o uso equivocado das artes atuais, especialmente no campo da música.

Autor: José Maurício Guimarães
www.zmauricio.blogspot.pt
Ilustração de uma Iniciação em tempo Antigos.
Litografia Inglesa do Século XIX (30 de Janeiro de 1809) - Londres

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Façamos Maçonaria

Sermos Europa, África, Ásia, América e Oceânia, sermos todos os povos num só dia.

Sermos uma janela aberta da Maçonaria Universal, em defesa dos valores Iniciáticos das nossas Ordens, da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que são o caminho comum da Maçonaria Universal: Humanismo e Cidadania.


Libertar os homens das suas grilhetas e torná-los livres e de bons costumes.

 
Pintar esta tela de todos os sonhos, Sóis e Luas, abrir nela os nossos conhecimentos e partilhá-los universalmente.


Façamos Maçonaria! Construamos um mundo melhor!

Autor: Jónatas

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

História da Maçonaria em Portugal

Em Portugal a maçonaria instala-se em 1727, por iniciativa de comerciantes britânicos que exerciam a sua actividade em Lisboa. 
Em 1733 instala-se uma segunda Loja em que os seus membros são na sua maior parte Irlandeses católicos. Em 1738 é promulgada a bula de condenação de Clemente XII e a Loja dissolve-se. 
Somente em 1741 se instala uma nova Loja, por acção de John Coustos, lapidário de diamantes, denunciado posteriormente à Inquisição em 1742. Vários membros dessa loja são presos, torturados e condenados. 
A maçonaria reorganizou-se em Portugal entre 1760 e 1770, graças à tolerância do Marquês de Pombal. Instalam-se então Lojas em Lisboa, Coimbra, Valença, Elvas ou Olivença, Funchal e talvez a seguir em Cabo Verde (na Ilha de Santiago), nos Açores (em S. Miguel) e no Porto. 
Após a queda do Marquês de Pombal, em 1777, as perseguições recomeçam e a inquisição e a polícia desmantelam pela segunda vez a maçonaria em Portugal. No entanto, algumas Lojas recomeçam a funcionar em Coimbra e no Porto, a partir de 1793. 
A Ordem Maçónica renasce graças ao desembarque em Lisboa, em 1797, de um corpo de expedição inglês. Em 1798 registam-se três Lojas militares em Lisboa e uma quarta aceitando civis, todas elas filiadas na Grande Loja de Londres.

No início do séc. XIX sente-se a necessidade de reorganizar a Ordem e Hipólito José da Costa desloca-se a Londres em 1802 e aí obtém o reconhecimento do Grande Oriente Lusitano. O juiz Sebastião José de São Paio e Melo é eleito Grão-Mestre. Funcionam em Lisboa oito lojas; existem várias outras em Tomar, Coimbra, Porto, Setúbal, Funchal e no Brasil. 
Em 1809-1810 tem lugar uma nova grande vaga de perseguições, a terceira, que desmantela a maçonaria. Só depois das invasões napoleónicas ocorre o renascimento da Ordem; em 1817 dá-se uma quarta vaga de perseguições que conduz o Grão-Mestre Gomes Freire de Andrade e vários dos seus companheiros ao cadafalso.

Na vanguarda de todos os movimentos progressistas, a maçonaria combateu o absolutismo. É de uma das suas organizações, o Sinédrio, que irrompe triunfante a revolução liberal de 1820. Contudo, pela quinta vez, com o retorno do absolutismo, os maçons são novamente perseguidos, encarcerados e executados. 
Entre 1826 e 1828 assiste-se a um breve renascimento da Ordem, que no entanto não resiste a novas e violentas perseguições miguelistas. Quase todos os maçons ligam-se então a D. Pedro IV, que era maçon e Grão-Mestre da maçonaria brasileira. 
O triunfo definitivo do liberalismo em 1834 conduz os maçons ao poder. A maçonaria portuguesa é então dominada pelo Grande Oriente Lusitano, também chamado Grande Oriente de Portugal entre 1849 e 1859, e pelos seus Grãos-Mestres regularmente eleitos desde 1802. Ocorrem então várias cisões, e entre 1849 e 1867 a maçonaria divide-se em cinco a oito Obediências.

Em 1841 é instalado um Supremo Conselho português dos Grandes Inspectores Gerais do 33.º grau, que autonomiza em Portugal o Rito Escocês Antigo e Aceite (introduzido em 1837). A junção das funções de Grão-Mestre com as de Soberano Grande Comendador institucionaliza-se em 1869 e a maçonaria portuguesa, unida a partir desta data, toma o nome de Grande Oriente Lusitano Unido, Supremo Conselho da maçonaria portuguesa. 
O período compreendido entre 1834 e 1926 corresponde ao apogeu da implantação da maçonaria em Portugal. A sua actividade em todos os domínios da vida nacional é notável. Devem-se-lhe as grandes vitórias das ideias progressistas dessa época: a abolição da pena de morte e da escravatura, a criação de escolas primárias e escolas secundárias técnicas, a generalização da instrução nas colónias, a criação de orfanatos, a luta contra o clericalismo, o embrião da laicização das escolas, a criação de associações promotoras da instrução e da assistência segundo novos modelos, a campanha a favor da obrigatoriedade do registo civil, … Deve-se-lhe também a criação do sistema de jurados. 
Em 1869-1870 os maçons são cerca de 500 irmãos, repartidos por 36 lojas; o seu número atinge o apogeu em 1913, com 4341 irmãos repartidos por 198 lojas e “triângulos”. Em 1864 é instalada a primeira loja de adopção. 
A revolução espanhola de 1868 e a irregularidade que ela induz na prática maçónica, acarretam a integração de dezenas de lojas de toda a Espanha e das suas colónias na maçonaria portuguesa, sob a autoridade do Grande Oriente Lusitano Unido. O mesmo acontece com lojas romenas e búlgaras.

No início do séc. XX a maçonaria portuguesa tem condições para apoiar a constituição da carbonária e desencadear decisivamente a revolução republicana de 1910. A politização que sofre a maçonaria resulta num grande aumento de iniciações. No Parlamento, metade ou mais dos representantes do povo pertence à Ordem, bem como três presidentes da República. Nos sucessivos governos formados até 1926 há numerosos ministros maçons. Devem-se também à maçonaria algumas das medidas progressistas adoptadas pelo regime republicano: a obrigatoriedade de inscrição no registo civil, as leis que autorizam o divórcio, a separação da Igreja do Estado. Mas a aproximação entre a maçonaria e o Partido republicano origina cisões no seio deste; por sua vez em 1914 é a maçonaria que se cinde. Forma-se uma nova obediência, que se chama, em termos profanos, Círculo luso-escocês, a que aderem mais de um terço dos maçons portugueses. 
No final do ano de 1925 as duas obediências encontram uma plataforma de entendimento, unindo-se em Março de 1926. É demasiado tarde para contrariar as forças de direita, porque dois meses mais tarde ocorre o golpe militar de 28 de Maio, que instaura a ditadura. Ainda que a maçonaria tenha gozado de total liberdade de acção até 1929, abatem-se sobre ela sucessivos ataques. Em 1929 o Grande Oriente Lusitano é assaltado pela Guarda Republicana e pela polícia, apoiadas por numerosos populares. Este facto assinala o começo de uma nova e grande perseguição.

Os anos de 1931 e 1935 são, com efeito, sinónimos de discriminação. Em 1935, um deputado do novo Parlamento apresenta um projecto de lei que tem como objectivo proibir as “associações secretas”. Em Maio, a maçonaria é legalmente interdita. Em 1937, é inaugurada uma secção da organização fascista Legião Portuguesa no Palácio maçónico, que é confiscado pelo Estado. 
Apesar disto, o Grande Oriente Lusitano Unido resiste e entra na clandestinidade. O Grão-Mestre Norton de Matos demite-se. Em 1937, cabe ao Grão-Mestre interino, Luís Gonçalves Rebordão, a pesada tarefa de manter a chama durante trinta e sete anos, até ao fim da clandestinidade. Impede assim que a maçonaria portuguesa tenha que se refugiar no exílio. Contudo, o número de lojas diminui para treze e mais tarde, em 1973, para seis. A maioria dos organismos para-maçónicos desaparece ou perde a qualidade maçónica. Durante a Segunda Guerra mundial o Grande Oriente Lusitano Unido está praticamente isolado na luta. No entanto, são entabuladas negociações com as maçonarias britânicas e norte-americana. Em 1941, a constituição maçónica de 1926 está em condições de ser modificada pelo acréscimo de uma declaração de princípios decalcada dos landmarks da Grande Loja Unida de Inglaterra. Mas as obediências anglo-saxónicas marginalizam e ignoram completamente a maçonaria portuguesa, sob o pretexto de não ser reconhecida pelo governo do país. 
Após o Grande Oriente Lusitano Unido ter sobrevivido à revolução do 25 de Abril de 1974 e regressado à luz do dia, o Estado restitui-lhe o Palácio maçónico e paga-lhe uma indemnização. 
Em 1984, tem lugar uma cisão conduzida pelas maçonarias anglo-saxónicas ditas “regulares”, que conduz à constituição da Grande Loja de Portugal (1985-1986). Em 1990 é fundada uma nova Grande Loja Regular de Portugal. A maçonaria “regular” instala, igualmente, um segundo Supremo Conselho. Constitui-se também uma maçonaria feminina, originalmente dependente de França, e autónoma desde 1997, sob o nome de Grande Loja Feminina de Portugal, assim como uma maçonaria do Direito Humano (1980), integrada no correspondente movimento internacional. Constituem-se, igualmente, várias lojas “inglesas” directamente dependentes da Grande Loja Unida de Inglaterra.» 

Apesar das várias vagas de perseguição a que a maçonaria portuguesa foi sujeita, a divisa de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, assim como o seu timbre de Justiça, Verdade, Honra e Progresso e a transmissão dos seus valores de Tolerância, Solidariedade, Trabalho e Paz sempre se têm afirmado e vingado sobre todas estas vagas de intolerância social e religiosa.

A. H. Oliveira Marques e João Alves Dias
Encyclopédie de la Franc-Maçonnerie, Le Livre de Poche, Paris, 2000