terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Baden Powell

“Apenas quatro patrulhas, 20 rapazes e um homem genial mudaram o mundo. Bastaram uma ilha, algumas tendas e um método que perdurou até aos dias de hoje e que já influenciou a vida de cerca de 500 milhões de crianças e jovens.”

Robert Stephenson Smith Baden-Powell nasceu em Londres, na Inglaterra, em 22 de Fevereiro de 1857. Filho do reverendo H. G. Baden-Powell, professor em Oxford e de Henriqueta Smith, filha do almirante inglês Wiliam Smith, foi o 5º de 7 irmãos. Robert ficou órfão de pai aos três anos, ficando a sua mãe com sete filhos de menos de catorze anos de idade. Apesar das dificuldades que passaram, o amor mútuo entre mãe e filhos sempre os levou a vencê-las.
Em 1870 entrou para a escola da Cartuxa, em Londres, com uma bolsa de estudos e embora não fosse um aluno brilhante, sempre se distinguiu por ser um dos mais animados, desempenhando parte activa em todas as actividades desenvolvidas. A sua habilidade dramática era muito apreciada pelos seus colegas que constantemente o convidavam para organizar espectáculos que faziam rir toda a escola. Tinha também vocação para a música, e o dom que possuía para o desenho permitiu-lhe mais tarde ilustrar os seus próprios escritos.
Com 19 anos terminou os estudos na Cartuxa e imediatamente aceitou a oferta para ir para a Índia como Alferes de um regimento que formara a ala direita da cavalaria, na célebre carga da Brigada Ligeira, na Guerra da Crimeia. Com um desempenho militar excelente, já auferia o cargo de Capitão com 26 anos de idade.
Em 1887 encontrava-se na África a tomar parte nas campanhas contra os Zulus, e mais tarde contra as tribos dos guerreiros Ashantis e Matabeles. Os indígenas tinham-lhe tanto medo, que lhe deram o nome de «Impisa», o «Lobo que não dorme», por causa da sua audácia, da sua habilidade de explorador e da sua espantosa perícia em seguir pistas.

Decorria o ano de 1889 e Baden Powell era já Coronel. Era grande a efervescência na África do Sul. As relações entre os ingleses e o governo da República do Transval tinham chegado ao ponto de ruptura. Recebeu ordens de organizar dois batalhões de carabineiros montados e dirigir-se a Mafeking, cidade no coração do Sul de África. Veio a guerra e durante 217 dias defendeu Mafeking resistindo ao cerco contra forças inimigas muito superiores, tendo finalmente chegado reforços no dia 18 de Maio de 1900. Elevado agora ao posto de Major-General, achou-se convertido em herói aos olhos dos seus compatriotas e foi como herói de homens e de rapazes que em 1901 regressou da África do Sul à Inglaterra, para ser cumulado de honrarias e para descobrir, com grande espanto seu, que a sua popularidade pessoal se estendera ao seu livro "Aids to Scouting", destinado ao exército e que estava a ser usado como livro de texto nas escolas masculinas. Baden Powell viu nisto um chamamento especial. Compreendeu que tinha agora uma excelente ocasião para ajudar os rapazes da sua Pátria a converterem-se em jovens fortes. Se um livro sobre exploração destinado a homens havia atraído tanto os rapazes, quanto mais os atrairia um livro escrito para eles. Pôs mãos à obra, aproveitando as suas experiências na Índia e na África, entre os Zulus e outras tribos selvagens. Reuniu uma biblioteca especial de livros, que leu, a respeito da educação dos rapazes através dos tempos.
Lenta e cuidadosamente foi desenvolvendo a ideia do escutismo. Para ter a certeza de que daria resultado, no verão de 1907 levou consigo um grupo de vinte rapazes para a ilha de Brownsea, no Canal Inglês, para realizar o primeiro acampamento escutista de todos os tempos, tendo sido um êxito fenomenal.

Nos primeiros meses de 1908, publicou em seis prestações quinzenais, por ele ilustradas, o seu manual de instrução "Escutismo para Rapazes", sem sonhar que este livro ia desencadear um movimento que havia de afectar os rapazes do mundo inteiro. Mal "Escutismo para Rapazes" começara a aparecer nas livrarias e nos quiosques, começaram a surgir patrulhas e grupos escutistas, não apenas na Inglaterra, mas em muitos outros países. A obra cresceu cada vez mais e em 1910 tomara já tais proporções, que ele compreendeu que o escutismo ia ser a obra da sua vida. Teve a visão de reconhecer que poderia fazer mais em prol do seu país, educando as novas gerações para darem bons cidadãos do que instruindo alguns homens para serem bons soldados.
Por isso abandonou o exército, onde atingira o cargo de Tenente-General, e embarcou na sua segunda vida, como ele lhe chamava – vida de serviço para o mundo por meio do escutismo. A sua recompensa teve-a na expansão do escutismo e no amor e no respeito dos rapazes de todo o mundo.

Em 1912 empreendeu uma viagem à volta do mundo, para visitar os escuteiros de muitos países. Foi este o primeiro começo da fraternidade mundial escutista. A primeira Grande Guerra estalou e entravou a obra por algum tempo, contudo esta recomeçou no fim das hostilidades e em 1920 reuniram-se em Londres, vindos de todas as partes do mundo, muitos escuteiros para formarem a primeira reunião internacional escutista – o primeiro Jamboree mundial, tendo Portugal sido representado por 11 escoteiros da AEP. Na última noite desse Jamboree, em 6 de Agosto, foi proclamado Escuteiro Chefe Mundial, pela multidão de rapazes que o aclamavam. O primeiro Jamboree mundial, foi seguido de outros – em 1924 na Dinamarca, em 1929 na Inglaterra, sendo este o ano da 1ª visita de BP a Portugal, em 1933 na Hungria, em 1937 na Holanda entre muitos outros que têm vindo a realizar-se até aos nossos dias. Em 1958 realizou-se o 1º JOTA – Jamboree On The Air – encontro mundial de escuteiros via rádio-amador, e em 1998 realizou-se o 1º JOTI – Jamboree On The Internet.
O movimento escutista continuou a desenvolver-se e no dia em que fez 21 anos contava mais de dois milhões de membros em, praticamente, todos os países civilizados da Terra. Nessa ocasião BP recebeu do seu rei, Jorge V, a honra do baronato com o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell.
Mas os Jamborees foram apenas parte do seu esforço para constituir a fraternidade mundial do escutismo. BP viajou muito em prol do escutismo, correspondia-se com os dirigentes escutistas de muitos países e continuava a escrever sobre assuntos escutistas, ilustrando os seus livros e artigos com os seus próprios desenhos.
Quando, finalmente, chegados aos 80 anos e as forças lhe começaram a faltar, voltou para a sua terra amada em companhia de sua esposa, Lady Baden-Powell, que fora colaboradora entusiástica de todos os seus trabalhos e que, além disso, era Chefe das Guias – obra também criada por Baden-Powell. Instalaram-se no Quénia, num lugar tranquilo, com uma magnífica perspectiva de florestas e montanhas cobertas de neve. Aí faleceu a 8 de Janeiro de 1941 – pouco mais de um mês antes de completar 84 anos.

Quem já foi escuteiro, nunca deixará de o ser, mesmo se algum dia sair do movimento, pois o escutismo não é apenas um aglomerado de actividades variadas, o escutismo é um modo de vida.
Quem olhar para o escutismo com “olhos de ver” poderá facilmente constatar que nada se faz por acaso. Tudo tem um propósito. Tudo tem um simbolismo. Todos os jogos têm um objectivo. Todas as actividades visam o desenvolvimento intelectual, físico, de carácter e de moral. É incutido o sentido de fraternidade, entreajuda, liberdade com responsabilidade É incentivado o desenvolvimento interior e o auto-conhecimento. A pedagogia é aplicada a nível escutista através de pólos educativos visando o desenvolvimento do carácter, da criatividade, da saúde, da ajuda ao próximo, etc. O grau de civilização de um povo é o resultado da educação que essas pessoas receberam durante a sua infância e juventude. Assim, e utilizando as palavras de Robert Baden Powell “O escutismo procura transformar os rapazes em Homens bons”.

Os escuteiros acompanharam-me em alguns dos momentos mais difíceis por que passei. Ajudaram-me a ultrapassar e encarar a morte prematura do meu pai, tendo eu 13 anos nessa altura. Apoiaram-me quando, com 16 anos, decidi morar sozinho. Não faziam as coisas por mim, mas estiveram presentes sempre que necessitei. Escutavam-me quando precisava falar, aconselhavam-me quando precisava de ouvir. Foram meus professores, meus amigos, meus irmãos. E tudo isto se mantém, mesmo não estando activo no meu Agrupamento à 10 anos.
O escutismo tem na realidade muitas semelhanças com a maçonaria, quer seja nos seus ensinamentos, nas suas praticas, nos seus valores ou simbologias. Repare-se na semelhança entre uma Velada de Armas realizada antes da Promessa Escutista e a Câmara das Reflexões antes de uma Iniciação, nos três princípios, nas três pontas da flor-de-lis, no cumprimento com a mão esquerda (lado do coração), entre outras razões, como forma mundial de reconhecimento ou as três insígnias maiores (insígnia de promessa, lenço e o chapéu de abas).
O legado de Baden Powell marcou-me de uma forma indescritível. Todos os seus ensinamentos e princípios ajudaram a moldar o homem em que me tornei e seguramente continuarão a influenciar o meu caminho.
O escutismo ajudou-me a despertar e desenvolver alguns valores que estavam latentes no meu interior. Valores como a solidariedade e entreajuda, a irmandade e fraternidade, a liberdade e igualdade, a honestidade e a verdade. Estes são os valores e princípios que me moldam, definem e pelos quais rejo a minha vida. Estes são os valores que vim encontrar na Maçonaria. Estes são os valores que já experimentei aqui com os meus irmãos.

Hoje acredito que BP era maçom, não obstante haverem vozes contraditórias relativamente a esta matéria. Muito mais poderia dizer-vos sobre a forma como fui ajudado e a minha vida marcada pelo trabalho deste Homem, contudo limito-me a deixar-vos um trecho da última mensagem de Baden Powell:
“Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontraste e, quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem. Estais preparados desta maneira para viver e morrer felizes (…)” – in Última mensagem de BP aos escuteiros

Eis a razão porque, orgulhosamente, escolhi este nome simbólico.

Autor: Baden Powell, III

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ideal

Aquilo que generalizadamente se considera como um ideal é, nem mais nem menos, do que um objectivo. E todos os homens elegem um objectivo para a sua vida - é o seu sonho e a sua esperança. Mas apenas alguns conseguem satisfazer o seu ideal - a maioria não, frequentemente por circunstâncias exógenas e a que são alheios por completo.
Podemos considerar que o ideal maçónico objectiva a reunião de todos os homens livres e de bons costumes que passaram pela iniciação, cultivando o amor fraterno por meio de atitudes tolerantes, justas e honradas.
Cada Maçom visualiza o seu ideal e vai caminhando no sentido da sua cabal prossecução, peça por peça. É um trabalho, todavia, que jamais estará concluído, tamanha a sua dimensão.
Mas sem ideal não há esperança. E sem esperança não há motivação para se continuar a arquitectura do nosso trabalho. Mais do que a esperança, evidencia-se a certeza das virtudes que sublinham trabalhos justos e perfeitos. Assim acontece.

Autor: Álvaro

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Republicana Dr.ª Carolina Beatriz Ângelo

Carolina Beatriz Ângelo nasceu na Guarda em 1877. Foi a primeira mulher a votar em Portugal em 1911; no ano anterior tinha sido implantada a República. O seu marido Januário Barreto era um activista republicano.

Após a sua conclusão do curso de medicina, foi a partir de 1906 que conseguiu conciliar a sua profissão com a sua actividade de defensora da igualdade, do direito das mulheres, da paz, do direito ao voto, pelo direito ao divórcio, alertou para a insuficiência das leis da família, do alargamento do serviço militar às mulheres, integrando movimentos femininos, da implantação da República, da Maçonaria.
Aderiu, com outras quatro médicas – Adelaide Cabete, Domitila de Carvalho, Emília Patacho, Maria do Carmo Lopes, ao Comité Português da agremiação francesa La Paix et le Désarmement par les Femmes; Grupo Português de Estudos Feministas, Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Participou nos Centros Escolares Republicanos. Fez parte do I Congresso Nacional do Livre Pensamento, ocorrido em Abril de 1908. Fundou com Ana de Castro Osório a Associação de Propaganda Feminista, considerada a primeira organização sufragista portuguesa.
O ambiente político a partir de 5 de Outubro de 1910 inspirado por valores da Revolução Francesa oferecia agora uma maior liberdade e um contexto propício para a luta por direitos que até então tinham sido abafados pela Igreja e pela Monarquia.

A republicana Dr.ª Carolina Beatriz Ângelo, tornou-se neste ambiente uma defensora de causas nobres pela liberdade e pela igualdade. Pode-se bem imaginar o esforço acrescido de uma mulher em conseguir não só uma licenciatura em medicina e primeira cirurgiã portuguesa (3), constituindo uma das profissões masculinas da altura, como também pela luta de direitos numa época em que as mulheres não tinham voz.
É assim neste contexto em que vivia Carolina Beatriz que fez despertar a sociedade em que vivia nos seus primeiros passos de República para a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não fosse ela Maçom adoptada pela Loja Humanidade.
Neste ambiente político ou social conturbado desta época, importa exactamente referir que a Carolina é uma excepção deste ambiente e fora do seu tempo histórico. E isto porque ao lutar pelo direito ao voto das mulheres não o fez somente pela luta por um direito como também contra um preconceito. Possivelmente hoje lutaria pelos direitos dos homossexuais à igualdade por exemplo. E porque não, lutar também, por uma voz mais expressiva da Maçonaria.
Importa agora referir na sua vida curta, alucinante e activa, alguns momentos de luta e de conquista, numa altura em que a VOZ da mulher não se ouvia. Numa época em que as mulheres tinham poucas oportunidades e eram tratadas como objectos. De facto pertencia a um grupo necessariamente minoritário não no sentido numérico mas no sentido do sexo fraco com menores direitos e deveres na sociedade.
Desta actividade podemos aferir que Carolina Beatriz lutou pela liberdade e defesa dos direitos de todas as pessoas: à educação, mas sobretudo pela igualdade entre o homem e a mulher pelos direitos e deveres iguais para ambos os sexos.
Esta actividade que Carolina conseguiu conciliar com a sua carreira médica e com sucesso, para mim o que mais se destaca foi o fato de ter conseguido o direito a voto, sendo esse direito retirado logo depois e que só veio a recuperar-se em condições de igualdade mais de 60 anos depois.

Vale a pena ler o seu requerimento efectuado no dia 4 de Abril de 1911 com o seu pedido de inclusão nos cadernos eleitorais na Comissão de Recenseamento. As suas alegações foram remetidas para o ministro do Interior, António José de Almeida, responsável pela legislação eleitoral:
“Carolina que enviuvou cedo, essencialmente justificava no seu requerimento os seguintes requisitos previstos na lei:”
(…) Não só sabe ler e escrever, mas é chefe de família, vivendo nessa qualidade com uma filha menor, a cujo sustento e educação prevê com o seu trabalho profissional, bem como aos demais encargos domésticos (…)”
- Em sequência de indeferimento, apresentou recurso, entregue em 24 de Abril de 1911 no Tribunal da Boa-Hora e invocava quer o decreto, com força de lei, de 14 de Março de 1911, quer artigos do Código Civil.” .

Em 28 de Abril, numa decisão histórica, João Baptista de Castro (pai de Ana de Castro Osório), Juiz da 1.ª Vara Cível de Lisboa, proferiu sentença favorável à médica, mandando incluí-la nos cadernos eleitorais. Eis o considerando final da sentença, citado por Magalhães Lima numa entrevista ao jornal A Vanguarda, poucos dias após o acto eleitoral:
“Considerando que excluindo a mulher, apesar de ser uma ilustração, como a reclamante, de ser eleitora e ter intervenção nos assuntos políticos – só por ser mulher, como se diz a folhas n.º 6, verso – é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e justiça proclamadas pelo partido republicano, porquanto desde que a reclamante tem todos os predicados para ser eleitora não pode arbitrariamente ser excluída do recenseamento eleitoral, porque onde a lei não distingue não pode o julgador distinguir; por isso, em obediência aos verdadeiros princípios da moderna justiça social: Julgo procedente e provada a presente reclamação e mando que a reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral em preparação no lugar e com os requisitos precisos. Intime-se”.

Foi assim que Carolina Beatriz se tornou a primeira mulher a exercer o direito de voto em Portugal, ou em qualquer outro país da Europa do Sul. Segundo a Revista Alma Feminina (Janeiro-Fevereiro de 1922): «Não foi uma vitória feminista, mas foi um ato de rebeldia contra o preconceito da superioridade de sexo.» No entanto esse direito, que ainda por cima era restrito, foi-lhe mais tarde negado assim como a todas as mulheres:
“A lei foi alterada a 3 de Julho de 1913 e ratificada em 1 de Julho de 1915. Deste modo, foi eliminada radicalmente do sufrágio universal a possibilidade de voto aos analfabetos e aos cidadãos portugueses do sexo feminino.”
Em 1916, o Senado defendeu o voto para as mulheres diplomadas, o que foi recusado pela Câmara dos Deputados. Nova insistência em 1918, pelo deputado Jacinto Nunes, teve igual fim. Só em 1931, o direito de voto foi concedido a algumas mulheres, as que possuíssem um curso secundário ou superior”. Mais tarde o Estado Novo viria a quebrar os sonhos dos portugueses e os ideais da democracia. Deixou de existir a igualdade e com ela a liberdade.

A República comprovou ser sinónimo de liberdade e de igualdade, sem a qual muito possivelmente hoje não poderia proferir estas palavras, no entanto, a história continua a mostrar-nos que um preconceito se sobrepõe aos princípios adquiridos pela própria República, e parece que ignoramos todos os momentos da nossa história em que conseguimos vence-lo.
É importante lembrar neste ano em que se celebra o centenário da República que a revolução republicana defende os valores democráticos e de igualdade e de cidadania para todos.

Esperamos que a Carolina Beatriz Ângelo continue a ser lembrada como uma maçon que lutou pela liberdade das mulheres, e pelos caminhos de luta que abriu pela igualdade, e consigamos que a humanidade seja uma! Sem ser dividida em preconceitos, em raças ou sexo.

In "A Republicana Dr.ª Carolina Beatriz Ângelo, a Liberdade, a Igualdade, ou só um Quadro na Parede? G. R. G. Rodrigues"

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ferramentas

Cada profissão possui a sua ferramenta específica. E a Maçonaria afina pelo mesmo diapasão. Ou seja: na aprendizagem maçónica é necessária a utilização simbólica de ferramentas - inicialmente para desbastar a pedra bruta, para depois erguer uma edificação de estabilidade e solidez permanentes.
É, pois, fundamental para os Maçons, seleccionarem com frequência uma ferramenta, a fim de com ela prosseguirem o trabalho de construtores para que foram iniciados.
É que para nós, Maçons, o maior desafio, que exige aturada experiência e dedicado empenho, é a construção do nosso próprio templo interior.
O trabalho que se nos impõe é, pois, o de construir, de fora para dentro do nosso microcosmo, um templo digno de receber os nossos Irmãos com fraternidade e solidariedade.
É evidenciado o quanto temos todos vindo a laborar, em ordem à prossecução de tão nobre objectivo de uma forma justa e perfeita.

Autor: Álvaro