terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Porquê René Descartes


Apesar de ter feito inumeras pesquisas e nada ter encontrado de concreto, da ligação física de René Descartes com a maçonaria, muito de seus conceitos tem efeito sobre aquilo que se defende no meio maçónico. Desde a combinação que Descartes fez da geometria com a algebra, conceito muito apreciado pelos maçons, temos a sua filosofia que muito me inspirou procurar mais informações sobre o mesmo. Uma personalidade dominante da história intelectual ocidental, foi um filósofo fisiologista e matemático francês. Cedo na sua vida, descobriu que tinha talento para matemática e filosofia na perseguição da verdade. O esteio da fisiologia de Descartes pode ser resumida por sua famosa frase em latim: “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo).
“Observo em nós apenas uma única coisa que nos pode dar justa razão para nos estimarmos, a saber: o uso do nosso livre-arbítrio e o domínio que temos sobre as nossas vontades. Pois as acções que dependem desse livre-arbítrio são as únicas pelas quais podemos com razão ser louvados ou censurados, e ele torna-nos de alguma forma semelhante a Deus ao fazer-nos senhores de nós mesmos, desde que por cobardia não percamos os direitos que nos dá. Assim, creio que a verdadeira generosidade, que faz um homem estimar-se a si mesmo no mais alto grau em que pode legitimamente estimar-se, consiste somente, por uma parte, em que ele sabe que não há algo que realmente lhe pertença a não ser essa livre disposição das suas vontades, nem por que ele deva ser louvado ou censurado a não ser porque faz bom ou mau uso dela; e, por outra parte, em que ele sente em si mesmo uma firme e constante resolução de fazer bom uso dela, isto é, de nunca deixar de ter vontade para empreender e executar todas as coisas que julgar serem as melhores. Isso é seguir perfeitamente a virtudes.” René Descartes, in 'As Paixões da Alma'

Olhando para uma rica filosofia apresentada nas obras de René Descartes, percebo a grande ligação que há no conceito de alma, e para tanta riqueza de pensamento, ele sempre se refugiava em lugares de severa meditação, sem com isso sentir-se só. Fazia de momentos seus, momentos de ligação com um ser superior. A ligação entre nossos pensamentos encontram-se em momentos de reflexão, em que me vejo só, e para mim estar só, não significa vazio nem solidão, significa circunstância. Enquanto que a solidão para mim, é quando não se consegue encontrar a nossa própria alma, quando nos perdemos de nós mesmos. Descartes teve grande influência no desenvolvimento da filosofia, repercutindo nos estudos da matemática, ciências e também nos campos da justiça e da teologia, influenciando muitos filosofos europeus e tendo muito impacto sendo chamado o pai da filosofia moderna.

Foi esta uma das razões que me levou a adoptar o seu nome “RENÉ”, pensar livremente, com independência, com valorização do homem, com verdade, com generosidade, com justiça, sabedoria e irreverência, enfim, Solidário e Fraterno, com a humildade que me caracteriza.

Autor: René

1 comentário:

Raúl Mesquita disse...

Raúl Mesquita disse...
René, gostei muito de ler aqui as tuas observações e citações de Descartes. Também eu sou um " seguidor" da sua filosofia, como da de outros pensadores, bem entendido. A ênfase que deste à liberdade, na filosofia cartesiana, parece-me excelente. O único problema na sua filosofia é o que se tem chamado solipsismo. Quando, " in extremis philosophicus" só se tem a certeza de si mesmo (é claro que este exagero de Descartes tinha uma razão de ser, era um argumento contra os cépticos), pode cair-se nesse solipsismo: " só eu é que existo de certeza absoluta". No entanto, mesmo neste exagero puramente formal, as verdades que sublinhaste teriam o mesmo valor. "Se eu sou a única certeza, tenho liberdade, logo, posso construir, trabalhar... a pedra..." Raúl Mesquita.

Sábado, 28 Novembro, 2009