Gomes Pereira Freire de Andrade e Castro nasceu em Viena, Áustria, a 27 de Janeiro de 1757, filho de Ambrósio Pereira Freire de Andrade e Castro, e da Condessa Elisabeth von Schaffgotsch.
Iniciado antes de 1785, provavelmente em Viena na Loja Zur gekrönten Hoffnung, à qual também veio pertencer Wolfgang Amadeus Mozart.
Em 1801, reúne-se em sua casa a assembleia que levou à organização definitiva da Maçonaria portuguesa, com a posterior criação do Grande Oriente Lusitano em 1802, vindo a ocupar o cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano de 1815 a 1817.
Defensor dos princípios de liberdade e do nacionalismo, veio a ser acusado de liderar uma conspiração liberal e nacionalista contra a monarquia absoluta de João VI, instrumentalizada em Portugal continental pela Regência, em conluio com o governo militar britânico de William Carr Beresford.
Assim, Gomes Freire de Andrade foi detido como traidor nacional junto com outras onze pessoas: o coronel Manuel Monteiro de Carvalho, os majores José Campelo de Miranda e José da Fonseca Neves e mais oito oficiais do Exército.
Feitos os julgamentos, as execuções tiveram lugar a 18 de Outubro de 1817, sábado no Campo de Santa Anna (posteriormente Campo dos Mártires da Pátria), pouco depois do meio dia, com a saída dos presos do Limoeiro, descalços e vestidos com a “alva” acompanhados por membros do clero. A última vítima, foi executada às 9 horas da noite, tendo posteriormente, os corpos sido empilhados e deitado fogo, tendo as fogueiras ardido até às 11 horas da noite, ao que D. Miguel Pereira Forjaz, a propósito da morosidade das execuções terá dito “é verdade que a execução se prolongará pela noite, mas felizmente há luar”.
No mesmo dia, no Forte de São Julião da Barra, a execução de Gomes Freire de Andrade teve lugar às 9 horas por enforcamento, seguido de decapitação, tendo sido o seu corpo posteriormente queimado e lançados os restos mortais ao mar.
Após o julgamento e execução de Gomes Freire de Andrade em 1817 e outros, Beresford deslocou-se ao Brasil para pedir maiores poderes. Supostamente havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano português. Mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante ordena que se proceda à execução imediatamente".
Este procedimento brutal da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência anti-britânica, o que conduziu o país à Revolução do Porto e à queda de Beresford (1820), impedido de desembarcar em Lisboa ao retornar do Brasil, onde conseguira de D. João VI maiores poderes ainda.
Numa atitude contemplativa dos princípios que nortearam Gomes Freire de Andrade e demais mártires que com ele perderam a vida, durante a “Primeira Republica” o dia 18 de Outubro foi assumido com dia de feriado nacional, que ainda é recordado como um dia de luto para a maçonaria portuguesa.
Rende-se assim homenagem a Gomes Freire de Andrade como um dos maiores vultos da nossa História, enquanto português e como maçon do Grande Oriente Lusitano, que ajudou a edificar e a engrandecer na luta pela Liberdade e pelo Progresso.
Iniciado antes de 1785, provavelmente em Viena na Loja Zur gekrönten Hoffnung, à qual também veio pertencer Wolfgang Amadeus Mozart.
Em 1801, reúne-se em sua casa a assembleia que levou à organização definitiva da Maçonaria portuguesa, com a posterior criação do Grande Oriente Lusitano em 1802, vindo a ocupar o cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano de 1815 a 1817.
Defensor dos princípios de liberdade e do nacionalismo, veio a ser acusado de liderar uma conspiração liberal e nacionalista contra a monarquia absoluta de João VI, instrumentalizada em Portugal continental pela Regência, em conluio com o governo militar britânico de William Carr Beresford.
Assim, Gomes Freire de Andrade foi detido como traidor nacional junto com outras onze pessoas: o coronel Manuel Monteiro de Carvalho, os majores José Campelo de Miranda e José da Fonseca Neves e mais oito oficiais do Exército.
Feitos os julgamentos, as execuções tiveram lugar a 18 de Outubro de 1817, sábado no Campo de Santa Anna (posteriormente Campo dos Mártires da Pátria), pouco depois do meio dia, com a saída dos presos do Limoeiro, descalços e vestidos com a “alva” acompanhados por membros do clero. A última vítima, foi executada às 9 horas da noite, tendo posteriormente, os corpos sido empilhados e deitado fogo, tendo as fogueiras ardido até às 11 horas da noite, ao que D. Miguel Pereira Forjaz, a propósito da morosidade das execuções terá dito “é verdade que a execução se prolongará pela noite, mas felizmente há luar”.
No mesmo dia, no Forte de São Julião da Barra, a execução de Gomes Freire de Andrade teve lugar às 9 horas por enforcamento, seguido de decapitação, tendo sido o seu corpo posteriormente queimado e lançados os restos mortais ao mar.
Após o julgamento e execução de Gomes Freire de Andrade em 1817 e outros, Beresford deslocou-se ao Brasil para pedir maiores poderes. Supostamente havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano português. Mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante ordena que se proceda à execução imediatamente".
Este procedimento brutal da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência anti-britânica, o que conduziu o país à Revolução do Porto e à queda de Beresford (1820), impedido de desembarcar em Lisboa ao retornar do Brasil, onde conseguira de D. João VI maiores poderes ainda.
Numa atitude contemplativa dos princípios que nortearam Gomes Freire de Andrade e demais mártires que com ele perderam a vida, durante a “Primeira Republica” o dia 18 de Outubro foi assumido com dia de feriado nacional, que ainda é recordado como um dia de luto para a maçonaria portuguesa.
Rende-se assim homenagem a Gomes Freire de Andrade como um dos maiores vultos da nossa História, enquanto português e como maçon do Grande Oriente Lusitano, que ajudou a edificar e a engrandecer na luta pela Liberdade e pelo Progresso.
Nota:
No ano de 2003 o Grande Oriente Lusitano ofereceu à cidade de Lisboa um monumento em homenagem a Gomes Freire de Andrade, colocado na rua com o seu nome, em frente à Academia Militar.
Referência ao livro:
"Gomes Freire de Andrade - um retrato do homem e da sua época" da autoria de António Lopes - Edição Grémio Lusitano
Autor: Júlio Verne
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