E de uma gabardine abandonada,
De corpo que partiu e sem morada
E ao meu veio bater três pancadas,
De quem também os óculos perdeu
E sussurrou: - Eu sou a enxada,
Que o meu corpo não enterrou
E em ti fico em última morada,
Para que grites o que não gritou;
E subas à montanha e às ameias do castelo,
E lá desveles o que só eu desvelo
A criança, Imperador deste vasto império,
Que é o verbo a que a Pátria me levou.
Autor: Jónatas
1 comentário:
Com a marca patriótica do autor, este poema não deixa de, na minha interpretação, pôr a tónica no Verbo. Sim, A Palavra deve levar-nos a meditar, especialmente agora nas Janeiras! A Palavra tem poder, é criadora como o Fogo: quem não a usa não atinge a altura divina a que todo o homem aspira com o mais nobre dos direitos! Pela Palavra! Raúl Mesquita.
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