E no nigredo lançar a semente
De trigo ou de milho,
Cantos de seara, ceifada
Por mãos enrugadas nos tempos;
Branquedo farinha,
Amassada e fermentada,
Pela cruz macerada,
Levedando em pousio,
Como se da terra fosse
O que seu ventre gerou;
Levada à fornalha
No amareledo das chamas,
E levado ao rubredo do fogo,
Renascido das cinzas :
O Pão,
Que é nosso e de cada dia,
Que no regaço de Isabel Rosa seria.
Autor: Jónatas
Sem comentários:
Enviar um comentário