Louis Pasteur nasceu em Dole, terra francesa, perto de Dijon e da fronteira franco-suiça, no dia 27 de Dezembro de 1822 e faleceu a 28 de Setembro de 1895 com 72 anos de idade em Chateau de Villeneuve l’Etang, perto de Paris, já o seu nome se tinha tornado lendário como o herói que usou a ciência para dominar a natureza em benefício da Humanidade.
Existiram muitos traços na personalidade de Pasteur que ampliaram de forma significativa a importância das suas contribuições científicas para a sociedade: a sua intensa consciência dos problemas que o envolviam, o seu grande empenho de participar na sua solução, a sua persistência em convencer os seus opositores, o seu vigor e uma habilidade inata e infatigável em provocar controvérsia. Todas estas características eram tão importantes quanto o seu génio experimental e forneciam-lhe os instrumentos, a voz e finalmente o símbolo de uma ciência que se afirmava triunfante.
Mas a importância das suas descobertas não é por si só justificativa da sua imensa fama. Entre os contemporâneos de Pasteur, vários, têm igual valor e outros ultrapassaram-no em resultado científicos. Apesar de ele ter sido inquestionavelmente um dos grandes cientistas e experimentadores que alguma vez viveu, ele não conseguiu criar uma nova filosofia científica, como o fizeram Galileu, Newton, Lavoisier e outros homens geniais com quem ele tanto desejou rivalizar.
Pasteur enquanto jovem, tinha um gosto especial pela pintura. No entanto, aos 19 anos dedicou-se à carreira científica e tinha mesmo planeado dedicar a sua vida ao estudo de problemas científicos de elevada complexidade como a estrutura fundamental da matéria e a origem da vida. Mas com a conclusão dos estudos de doutoramento na escola de física e química de Paris em 1847 e com a entrada na vida activa logo começou a dedicar mais tempo a matérias mais práticas, preocupando-se com a natureza das coisas mais relevantes e imediatas. Manteve até ao fim um discernimento notável sobre os problemas de filosofia natural e na maioria das suas teorias químicas e fisiológicas são propostos ao mesmo tempo detalhes para aplicação prática das suas descobertas.
Em 1854 tornou-se Professor de Química e Reitor da Faculdade de Ciências de Lille.
Louis Pasteur foi um cientista francês. Um homem invulgar para a sua época. Físico, químico, microbiologista, imunologista e através destas disciplinas ligado à medicina. Muitos caminhos foram abertos ou enriquecidos pelo seu trabalho: a estrutura da molécula química; o mecanismo da fermentação; o papel dos micro-organismos na economia, na tecnologia e na doença; a política de saúde pública.
Entre 1860 e 1864 demonstrou que a fermentação e o crescimento de micro-organismos em caldos de cultura não ocorriam por geração espontânea. Propôs a “teoria germinal das doenças infeciosas” segundo a qual toda a doença infeciosa tem a sua causa num micro-organismo capaz de disseminar-se entre as pessoas de acordo com o seu grau de contagiosidade.
Contemporâneos de Pasteur, Ricardo Jorge e Câmara Pestana destacaram-se no combate ao surto de peste bubónica no Porto em 1889.
O Instituto Bacteriológico Câmara Pestana foi criado em 1892 em Lisboa, cidade cujo panorama sanitário era dominado pela sífilis, alcoolismo e prostituição. A tuberculose tornava-se na altura a doença social por excelência, vitimando primordialmente os mais jovens e as classes trabalhadoras.
Concomitantemente, Pasteur ficou famoso pela descoberta da vacina contra a raiva em particular pela circunstância de estar em risco a vida de uma criança austríaca, José Meister.
Esta fama foi ampliada entre o público em geral pela descoberta de um método que impede que leite e vinho causem doenças por um processo que veio a ser chamado pasteurização. Deste modo deu origem não só a um importante método de conservação, como também a uma medida higiénica fundamental para preservar a saúde dos consumidores e a qualidade dos produtos alimentares. Demonstrando assim, que todo o processo de fermentação e decomposição ocorre devido à presença de organismos vivos, combatendo deste modo a teoria da geração espontânea e abrindo uma via à prática da assepsia para evitar as contaminações microbianas, seja no domínio médico, cirúrgico ou agroalimentar.
Fundador do Instituto Pasteur em 4 de Junho de 1887. Este, tem estado ligado desde a sua fundação, à investigação, à saúde pública e ao ensino. Berço da microbiologia, o Instituto Pasteur contribuiu também para fundar as bases da imunologia e da biologia molecular, dispersando os seus conhecimentos e competências pelas muitas filiais que possui por todo o mundo. Vários dos seus investigadores já foram galardoados com o Prémio Nobel.
Michael Bloomberg- “Mayor” da cidade de Nova Iorque, escreveu em forma de elogio o que pensa actualmente sobre a sua cidade:“ hoje, as nossas maiores vantagens competitivas são as qualidades que atraem para cá os melhores e os mais brilhantes de todo o mundo: a nossa liberdade, diversidade, tolerância e dinamismo. A capacidade tecnológica é crítica para o nosso crescimento. De facto, as companhias fundadas pelos ex-alunos do Massachusetts Institute of Technology (M.I.T.), geram ganhos anuais de cerca de 2 triliões de dólares. Esta cifra é aproximadamente igual ao produto interno bruto do Brasil, a 7ª economia do mundo “.
Pasteur é o meu nome simbólico. Com esta escolha presto homenagem ao grande cientista, que alicerçou no conhecimento, capacidade tecnológica e na qualidade do seu trabalho a sua grandeza e a sua obra. Foi aliás a sabedoria de relacionar conhecimento, capacidade tecnológica, trabalho persistente e árduo e saber fazer de experiência feito que permitiu desde então salvar milhões de vidas humanas em todo o mundo. O Conhecimento é uma característica da humanidade. A vida e a obra de Pasteur constituem assim, uma contribuição ímpar da luta da Humanidade pela liberdade, pelo conhecimento e pela sobrevivência.
Post- scriptum:
Antigo Testamento
Livros Sapienciais- Ben Sira (24,19-22; Pr 8,32-35; Sb 8,10-15)
Elogio da sabedoria:
“Feliz o homem que se aplica à sabedoria
e discorre com a sua inteligência;
que medita em seu coração nos caminhos da sabedoria
e penetra no conhecimento dos seus segredos;
vai atrás dela como quem lhe segue o rasto
e permanece nos seus caminhos;
olha pela janela a sabedoria
e escuta às suas portas;
detém-se junto da sua morada
e fixa um prego nas suas paredes;
levanta a sua tenda junto dela
e estabelece ali agradável morada;
coloca os filhos debaixo da protecção da sabedoria
e ele mesmo morará debaixo dos seus ramos;
à sua sombra estará defendido do calor,
e repousará na sua glória.”
Autor: Louis Pasteur
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