Na cegueira das trevas do profano a começar,
Com o pé descalço o caminho árduo andará.
Peito e braço mostram tudo o que têm para dar,
(Esta Augusta Ordem e os seus Irmãos assim o
merecem.)
O Neófito assim o fará.
O Ar puro inspirado pela criança,
Auspícios a Norte de progressos e evoluções.
O início da viagem marca-se com coragem e
desconfiança,
Sob sons de ventos e de trovões.
O caminho sinuoso resiste ao tempo infinito.
O vento sopra o bem e a verdade de sempre.
A criança que faz hoje o rito,
Ficará para sempre diferente.
A idade avança e a viagem também.
No caminho do Sul ouvem-se espadas que lutam
em duelos.
É a luta pela conduta moral e pelo bem.
O Jovem perdido no vício e hábitos
aprenderá a vencê-los.
A água liberta a pedra bruta de tanta aresta
polida.
O Jovem limpa-se de ignorância e fraqueza.
Esta caminhada não se encontra perdida,
O Neófito faz dela uma certeza.
Limpo e impio se encontra o Viajante,
Homem pronto para o fogo que se avizinha.
Passos ouvem-se a oriente de quem também
caminha.
À paz que sente no seu coração,
Ao Homem se funde o fogo do amor fraterno.
Não mais seguirá a dor da errante imaginação,
Sabedoria aprendida no seio do seu caminho
eterno.
A Liberdade,
A Igualdade,
A Fraternidade,
Pilares da nossa Ordem,
Serão agora dignificados,
Pelo Neófito que recebem,
Os irmãos tríplice abraçados.
As viagens terminam com o devido respeito,
O aprendiz, o companheiro e o mestre.
O Neófito de compasso ao peito,
De sentimento de exactidão eterno se reveste.
Autor: Carl Sagan, II
1 comentário:
Sem palavras,excelente.
Jónatas
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