De Joshua Benoliel (1873-1932), que nasceu em Lisboa, foi fotojornalista e o introdutor da fotografia de imprensa em Portugal.
Deixou um enorme arquivo fotográfico sobre o fim da
monarquia e o princípio da república para além de uma foto- documentação sobre
Lisboa e as suas gentes.
A exposição que será apresentada no Grande Oriente Lusitano
dará a conhecer uma pequena selecção do importante espólio que se encontra
conservado no Arquivo Municipal da Câmara de Lisboa e pretende ilustrar os
"quotidianos no feminino" entre 1904 e 1920, mostrando essencialmente
imagens de profissões de mulheres (das mais modestas às mais sofisticadas),
cenas de rua, os namoros, as greves.
Joshua Ruah - Comissário da Exposição
Mesa Redonda - Quotidianos no Feminino da Implantação da República ao Século XXI
- Fernanda Rollo, Professora Associada de História da Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. "Mulheres,
Republicanas e Cientistas são perigosas"
- António Arnaut,
Advogado e Past-Grão-Mestre do GOL. "As Mulheres e a República"
- Maria Antonieta Garcia, Professora Associada da
Universidade da Beira Interior (aposentada). "Olhares da Imprensa Guardense
sobre o Feminino no início do Séc. XX, Cisões na Cultura Patriarcal"

A Implantação da República foi indubitavelmente "o
acontecimento" dos primeiros anos do Século XX português, com bandeiras políticas,
económicas e sociais conhecidas.
E nos quotidianos? Quando e comos e fizeram sentir as
"bandeiras" da República? Quem eram e como viviam as mulheres de
Portugal no dealbar do Século XX? As cultas, as analfabetas, as urbanas, as
rurais e todas as outras? Quem foram essas mulheres ao longo Século XX, em que medida
os investimentos na alfabetização e na laicização do Estado, entre outros, se
fizeram sentir nos seus quotidianos?
E hoje, mais de cem anos volvidos, quem são e como são as
mulheres portuguesas, bisnetas da República? Fazem os seus quotidianos, jus às
bandeiras da República, revêm-se nelas, recriam-nas?
Um 5 de Outubro no feminino
"A comemoração do 103.º aniversário do 5 de Outubro, foi pensada na importância que a Implantação da República teve sobre as mulheres.
No primeiro ano em que o 5 de Outubro não é feriado nacional, importa analisar cuidadosamente que modificações substanciais se verificaram na situação social, familiar, educacional e cultural das mulheres desde a Implantação da República até aos nossos dias.
É "Um 5 de Outubro do feminino" onde os nossos olhares se fixarão sobre os quotidianos reproduzidos nas imagens "falantes" de Joshua Benoliel e onde as "bandeiras da República" que aliciaram e entusiasmaram as mulheres neste movimento de Liberdade serão revisitadas e reavivadas"
Mery Ruah
Grã-Mestra Grande Loja Feminina Portugal
Mery Ruah
Grã-Mestra Grande Loja Feminina Portugal
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