sábado, 5 de outubro de 2013

Comemoração da República no Feminino

Exposição de fotografias - Mulheres no tempo da República
 
De Joshua Benoliel (1873-1932), que nasceu em Lisboa, foi fotojornalista e o introdutor da fotografia de imprensa em Portugal.
Deixou um enorme arquivo fotográfico sobre o fim da monarquia e o princípio da república para além de uma foto- documentação sobre Lisboa e as suas gentes.
A exposição que será apresentada no Grande Oriente Lusitano dará a conhecer uma pequena selecção do importante espólio que se encontra conservado no Arquivo Municipal da Câmara de Lisboa e pretende ilustrar os "quotidianos no feminino" entre 1904 e 1920, mostrando essencialmente imagens de profissões de mulheres (das mais modestas às mais sofisticadas), cenas de rua, os namoros, as greves.

Joshua Ruah - Comissário da Exposição




Mesa Redonda - Quotidianos no Feminino da Implantação da República ao Século XXI

- Fernanda Rollo, Professora Associada de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. "Mulheres, Republicanas e Cientistas são perigosas"
 - António Arnaut, Advogado e Past-Grão-Mestre do GOL. "As Mulheres e a República"
- Maria Antonieta Garcia, Professora Associada da Universidade da Beira Interior (aposentada). "Olhares da Imprensa Guardense sobre o Feminino no início do Séc. XX, Cisões na Cultura Patriarcal"

Quotidianos no Feminino, porque somos Mulheres e queremos vislumbrar o que se esconde na penumbra do véu que cobre a História e a Actualidade do e no Feminino.
A Implantação da República foi indubitavelmente "o acontecimento" dos primeiros anos do Século XX português, com bandeiras políticas, económicas e sociais conhecidas.
E nos quotidianos? Quando e comos e fizeram sentir as "bandeiras" da República? Quem eram e como viviam as mulheres de Portugal no dealbar do Século XX? As cultas, as analfabetas, as urbanas, as rurais e todas as outras? Quem foram essas mulheres ao longo Século XX, em que medida os investimentos na alfabetização e na laicização do Estado, entre outros, se fizeram sentir nos seus quotidianos?
E hoje, mais de cem anos volvidos, quem são e como são as mulheres portuguesas, bisnetas da República? Fazem os seus quotidianos, jus às bandeiras da República, revêm-se nelas, recriam-nas?


Um 5 de Outubro no feminino

"A comemoração do 103.º aniversário do 5 de Outubro, foi pensada na importância que a Implantação da República teve sobre as mulheres.
No primeiro ano em que o 5 de Outubro não é feriado nacional, importa analisar cuidadosamente que modificações substanciais se verificaram na situação social, familiar, educacional e cultural das mulheres desde a Implantação da República até aos nossos dias.
É "Um 5 de Outubro do feminino" onde os nossos olhares se fixarão sobre os quotidianos reproduzidos nas imagens "falantes" de Joshua Benoliel e onde as "bandeiras da República" que aliciaram e entusiasmaram as mulheres neste movimento de Liberdade serão revisitadas e reavivadas"

Mery Ruah
Grã-Mestra Grande Loja Feminina Portugal

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