A Maçonaria ao unir povos e nações, procura alertar não só para a necessidade de olhar para os problemas actuais da humanidade, como levar os Maçons a formar e a alterar consciências. O exercício de uma cidadania mundial, deve englobar o conjunto dos princípios, valores, atitudes e comportamentos que os povos e nações do mundo devem adoptar para a realização do desenvolvimento sustentável.
A Maçonaria mostra ao Maçom que ele tem um compromisso consigo mesmo, com o seu pensar e o que fazer de sua própria existência. Através do estudo da filosofia socrática aprendemos que, antes de mais nada, a primeira coisa é aprender a pensar. Para aprender a pensar é preciso saber ouvir, ouvir com atenção, buscando encontrar o sentido exacto das palavras de quem fala. E Sócrates ensina-nos que aprender a pensar é aprender a conhecer, a perceber, a discernir, a falar, a agir.
O progresso da Humanidade tem o seu início na aplicação das leis de justiça, de tolerância e da solidariedade, princípios sempre defendidos pela nossa Augusta Ordem. A Justiça nada mais é do que o respeito ao direito de cada um e a base para a convivência em sociedade.
A actuação de um Maçom em sociedade deverá pautar-se pela libertação dos seus vícios e preconceitos, pelo aprofundar das suas virtudes e pela procura do caminho que conduz à prática do bem. Deve também lutar pela plenitude dos direitos e, pela Justiça, fomentando os laços de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre todos. Deve ainda pautar a sua vida pela observância do preceito de ser livre, seguindo as normas de conduta moral dos indivíduos nas suas relações sociais.
Ser Maçom, é ser activo, consubstanciado no estado de espírito que deve caracterizar o membro presente em toda situação em que pode ajudar para que a sociedade se torne melhor. É ter consciência que a nossa discrição não é a omissão, mas que a nossa presença seja activa no apoio a projectos úteis à humanidade.
Na conduta social, a Maçonaria tem de ter uma dupla vertente essencial: reflectir e intervir sobre as regras e códigos morais que orientam a conduta humana e promover a harmonia e a união entre os seus membros, sempre na busca de novas soluções.
A ética está directamente relacionada ao estudo e determinação das condutas humanas no que diz respeito a certo e errado no contexto de uma determinada sociedade. A ética profissional tem como precedente a ética social, ou seja, antes de se determinar as condutas moralmente aceites ou esperadas de uma determinada actividade, existem padrões de comportamento estabelecidos por esta sociedade, à qual o exercício profissional e de cidadania está inserido e se deve reger.
No contexto actual da globalização, é notório a existência de uma crise de ideologia e de valores. O mundo todo está em crise, vivemos dias conturbados caracterizados por desentendimentos, corrupção, desperdícios, injustiças e violências. A ética deixou de ser um padrão de comportamento!
No entanto, a sociedade é a soma dos indivíduos que a compõem. Como depende do indivíduo, basta corrigir o comportamento do ser humano que ajusta-se a sociedade.
A ética que está em causa é a aquela que possibilita ao Homem pautar-se por pensamentos e acções que visem, entre outros, a dignificação humana, o respeito pelo direito à vida ou o melhoramento das condições de vida.
A Maçonaria através dos seus membros e Lojas deve procurar consciencializar os povos e nações na formação do ser humano, no conhecimento permanente, na participação activa nas sociedades e na procura de soluções.
Na sociedade profana e na vida Maçónica, o exercício de cidadania conquista-se, quando participamos no espaço público, quando sabemos escolher, podemos escolher e efectivamente escolhemos, devendo a nossa actuação saber agir para ter uma melhor qualidade de vida.
Viva a Maçonaria!
Autor: Laje
1 comentário:
Bela e Sábia Prancha!
TAF
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