terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Lar Eterno

Deuses! Deuses!
Como é bela a terra ao anoitecer.
Que misteriosas brumas sobre estes pântanos.
Quem vagueou nas brumas, quem sofreu profundamente antes da morte.
Sabe-o!
Quem voou sobre esta terra sobrecarregada para além das suas forças.
Sabe-o!
Aquele que está cansado.
Sabe-o!
E abandona sem mágoa os vapores da terra.
Os seus montes e rios.
Abandona-se com beleza no coração, nas mãos da vida,
sabendo que só ela pode trazer o seu fim. 
Agarro-me aos cavalos mágicos,
e vou para diante.
Para além dos muros de pedra que cercam o horizonte.
Esconde-se um lugar sagrado,
Onde serei feliz.


Sabes?! 
Vou-te dizer agora.
A noite terá seu fim, e o seu recomeço… 
E todas as lágrimas continuarão ser doces.
Quero que saibas o meu nome. 
Para que me chames de volta se me for embora. 
Porque sei que tens cordas no peito,
como harpas, onde a escuridão um dia tocou 

Escuta! 
Escuta agora o silêncio sem temor. 
Aí! Com a tua alma descalça sobre areia… 
Escuta e goza esta quietude morna da ainda vida. 
Olha em frente
Para além dos muros de pedra. 

Eis o meu Lar Eterno!
Que me deram como recompensa dos dias.
A terra de fogo, a vinha que trepa em direcção ao ceú. 
Eis o teu Lar! 
Adormecerás com um sorriso nos lábios. 
O sono dar-te-á força, e falarás palavras de sabedoria. 
As cordas no teu peito voltarão a tocar. 

Mas já não será a escuridão a deslizar na tua alma.
Será a Luz de todos os segredos. 

Autor: Asherah

1 comentário:

Jónatas disse...

Acordei com um sorriso nos lábios e a escuridão já não deliza na minha alma.

O Mundo agradece e eu também.

Jónatas