A Maçonaria tem por princípios a tolerância mútua, o respeito dos outros e de si mesmo, a liberdade absoluta de consciência e recusa toda a afirmação dogmática. Combate a tirania, a ignorância e neste contexto, tudo o que aqui se diz e apresenta, procura ilustrar publicamente os princípios do livre pensamento e do respeito universal pelos direitos de cada indivíduo colectiva e individualmente, sendo todas as opiniões recebidas com agrado e respeitadas por igual.
Como é consabido, o significado da linguagem maçónica afasta-se daquele que é vulgar e generalizadamente utilizado no mundo profano. Vem isto a propósito da palavra "santo" que quer dizer "puro" e "escolhido". Ocorreu-me esta analogia porque os Maçons são, na sua essência, homens de bons costumes e que são escolhidos para enformarem a comunidade a que pertencerão. Em hebraico, por exemplo, santo diz-se "kadosch", que é o nome do trigésimo grau maçónico filosófico no Rito Escocês Antigo e Aceite. E embora a Maçonaria não venere os santos da Igreja Católica, na maçonaria filosófica existe um grau denominado de "Santo André". Santificado significa, pois, sancionado, aquele que é escolhido e aceite. Afinal, como escolhidos e aceites são todos os Maçons. E uma vida santificada significa viver exteriorizando amor ao próximo, que é uma das virtudes maçónicas por excelência. Veja-se, pois, como palavras iguais assumem significados diferentes consoante sejam proferidas no mundo maçónico ou no mundo profano. Seria, por exemplo, verosímil ouvir-se dizer a um profano que tivesse terminado uma obra que os trabalhos decorreram de forma justa e perfeita? Não! Mas é isso precisamente que acontece na Maçonaria.
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